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Um grande júri acusou três oficiais da reserva militar e dois civis na quarta-feira de desviar mais de US$ 8,6 milhões dos fundos para reconstrução do Iraque para um empreiteiro em troca de compensações como veículos, jóias e imóveis, informou a rede americana CNN.

A acusação, que consta de 25 itens incluindo conspiração, suborno e lavagem de dinheiro, é a mais recente de uma onda de crimes financeiros que têm origem no suposto uso fraudulento de fundos dos EUA no Iraque.

"Esta acusação alega que os réus enriqueceram às custas do povo iraquiano, as pessoas que eles deveriam ajudar", disse em um comunicado o vice-promotor geral dos EUA, general Paul McNulty.

"Os funcionários do governo dos Estados Unidos que trabalham no Iraque não estão à venda. Vamos processar quem tentar se aproveitar dos esforços para a reconstrução do país para ter ganhos pessoais", acrescentou.

McNulty relatou que os réus transferiram o dinheiro roubado no Iraque de volta para os Estados Unidos para uso pessoal.

O processo alega que a transação ilegal foi feita enquanto a Autoridade Provisória da Coalizão liderada pelos Estados Unidos estava tentando estabelecer o controle do Iraque após a derrubada de Saddam Hussein.

O coronel Curtis Whiteford da reserva do Exército dos EUA é o principal militar acusado. Ele era o número dois na hierarquia do gabinete que fiscalizava os fundos para reconstrução do país em Hilla, no Iraque. Os outros réus são a tenente-coronel Debra Harrison e o tenente-coronel Michael Wheeler, que trabalhavam para Whiteford.

Os outros acusados são os civis Seymour Morris Jr, proprietário de uma empresa de serviços financeiros com sede no Chipre, e William Driver, que é marido da tenente-coronel Debra Harrison. Morris foi preso na terça-feira na Romênia, onde reside. As autoridades americanas buscam sua extradição.

Entre os que já foram condenados ou declarados culpados em crimes relacionados ao desvio de verbas para reconstrução do Iraque estão Robert Stein, que era controlador de um escritório regional da Autoridade Provisória da Coalizão; Philip H. Bloom, que era dono de várias empresas no Iraque e na Romênia e o tenente-coronel Bruce D. Hopfengardner. Stein foi condenado em 29 de janeiro a nove anos de prisão. Bloom foi declarado culpado em março de 2006 e Hopfengardner em agosto.

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