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O evento que reuniu os cinco candidatos à chefia da Casa Rosada aconteceu na noite deste domingo (1º)
O evento que reuniu os cinco candidatos à chefia da Casa Rosada aconteceu na noite deste domingo (1º)| Foto: EFE/Tomás Cuesta

Os candidatos à presidência da Argentina participaram do primeiro debate antes do 1º turno eleitoral, que acontece em 22 de outubro. O evento foi realizado neste domingo (1º), no Fórum da cidade de Santiago del Estero.

Participaram do momento cinco presidenciáveis: o economista libertário Javier Milei, vencedor das primárias de agosto; Sergio Massa, atual ministro da Economia; Patricia Bullrich, do partido Juntos pela Mudança; Juan Schiaretti, governador da província de Córdoba; Myriam Bregman, deputada da Frente de Esquerda.

O debate foi dividido em quatro blocos: economia, educação, direitos humanos e convivência democrática. Confira os principais pontos debatidos neste domingo:

Economia: os candidatos à Casa Rosada centralizaram as discussões na atual situação econômica do país, que enfrenta uma inflação anual acima dos 120% e mensal de 12,4%. De acordo com o jornal argentino Clarín, Bullrich começou os ataques por Massa, culpando-o pelo “desastre econômico” enfrentado pela Argentina e pedindo que ele explicasse “como poderia se tornar o melhor presidente sendo o pior ministro da Economia”. Os demais adversários seguiram nessa linha crítica à gestão de Massa, que pediu "desculpa" à população pelos atuais números. O ministro também focou o embate contra Javier Milei, acusando o libertário de criar um plano de “privatização” e usar um modelo de dolarização pouco funcional que é usado apenas em três países do mundo: Zimbawe, Equador e El Salvador. "É isso que Milei propõe a você”, afirmou Massa. De acordo com analistas do jornal Clarín, o economista Milei aproveitou pouco a discussão na área econômica, considerada o ponto forte de sua proposta governista. "Propomos uma reforma no Estado, reduzindo significativamente os gastos públicos, com cortes de impostos e privatizações para nos livrarmos das empresas estatais que causam prejuízo. Vamos ainda abrir a economia e fechar o Banco Central", afirmou o candidato da coligação A Liberdade Avança. Apesar disso, analistas do jornal La Nación consideraram Milei o mais sólido nas respostas.

Educação: no segundo bloco do debate, Massa disse que enviou um orçamento para a Câmera dos Deputados aumentando a porcentagem do PIB para a educação, que passaria de 6% a 8%. Bullrich aproveitou o momento para criticar o kirchnerismo e propor que em seu governo a educação seria considerada um "serviço essencial". O governador de Córdoba, Juan Schiaretti, disse que ampliaria o modelo educacional da província, que possui baixa taxa de evasão. A esquerdista Bregman afirmou que aumentaria o salário de professores no país. Já Milei defendeu sua proposta do superministério do Capital Humano, uma união dos ministérios da Saúde, Trabalho, Educação e Desenvolvimento Social. "A assistência servil de dar peixe acabou. Vamos ensiná-los a pescar e, se possível, a ter uma empresa de pesca", afirmou.

Direitos Humanos: Patricia Bullrich precisou se defender de ações políticas da década de 1970, quando se uniu à guerrilha de esquerda Monteneros. Já o libertário afirmou que o número de mortos e desaparecidos na ditadura argentina, estimado pelas organizações de direitos humanos em cerca de 30 mil, são falsos. "Comecemos pela verdade. Não foram 30 mil desaparecidos, são 8.753. Estamos contra de uma visão torta da História", disse. Massa focou em sua proposta de um "governo de unidade", sem entrar em discussões sobre o passado.

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