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O Tribunal de Apelações do estado americano da Geórgia determinou nesta quinta-feira (19) o afastamento da promotora Fani Willis de um processo criminal contra o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em agosto de 2023, Willis havia denunciado Trump e mais 18 pessoas por supostas tentativas de reverter o resultado da eleição presidencial de 2020 na Geórgia, vencida pelo democrata Joe Biden.
Entretanto, a defesa de Trump e dos outros réus pediu a desqualificação da promotora do caso, alegando conduta imprópria devido a um relacionamento amoroso entre Willis e o promotor assistente Nathan Wade.
Em março deste ano, o juiz Scott McAfee permitiu que o processo poderia continuar se Willis ou Nathan Wade desistisse do caso. No mesmo dia, o promotor assistente se desligou do processo.
Porém, depois, o Tribunal de Apelações da Geórgia aceitou analisar um recurso de Trump e dos outros réus e paralisou o processo. Agora, decidiu retirar Willis da ação.
“Embora reconheçamos que uma aparência de impropriedade geralmente não é suficiente para sustentar a desqualificação, este é o caso raro em que a desqualificação é obrigatória e nenhuma outra solução será suficiente para restaurar a confiança pública na integridade desses procedimentos”, alegou a corte na decisão, segundo informações da NBC News.
O tribunal não arquivou o caso, que poderá ser designado para outro promotor. Entretanto, considerando que Trump tomará posse para seu segundo mandato em 20 de janeiro, o processo pode ser arquivado, o que já aconteceu com duas ações criminais federais contra o republicano.
Na única condenação criminal de Trump por ora, no caso Stormy Daniels, o juiz Juan Merchan adiou o anúncio da sentença indefinidamente após a vitória do empresário nova-iorquino na eleição presidencial de novembro.