Um tribunal argentino condenou a ex-ministra da Economia Felisa Miceli, 60, a quatro anos de prisão por acobertar um crime, com o agravante de estar no cargo, à época. Com a sentença, ela também fica proibida de exercer um cargo público pelos próximos oito anos.
Em junho de 2007, uma bolsa com US$ 31 mil e 100 mil pesos foi achada no banheiro do gabinete de Miceli. Em depoimento, a ex-ministra dissera que um irmão lhe emprestara o dinheiro para comprar uma casa, mas não pode provar a transação imobiliária. Além disso, a ata em que o descobrimento foi registrado sumiu.
Miceli era ministra do governo de Néstor Kirchner (2003-2007) e acabou deixando o cargo. Ela é, atualmente, assessora de Hebe de Bonafini, presidente da Associação das Mães da Praça de Maio. De acordo com o jornal argentino "Clarín", a ex-ministra foi condenada por "acobertar receptação de coisas ou efeitos provenientes de um delito, agravado por sua condição de funcionária pública" e por tê-lo cometido "em cumprimento das suas funções", além de subtração de documento público.
O veredicto foi dado pelo Tribunal Oral Federal 2 nos Tribunais Federais de Comodoro Py. Presente ao tribunal, Miceli reiterou sua inocência. "Essa causa nunca deveria ter existido", afirmou, minutos antes do anúncio da sentença. "Isso se tratava de dinheiro privado, de fato privado". "Os próprios procuradores disseram que não houve prejuízo para o Estado Nacional nem para o patrimônio público."
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Após críticas, Randolfe retira projeto para barrar avanço da direita no Senado em 2026
Novo decreto de armas de Lula terá poucas mudanças e frustra setor
Câmara vai votar “pacote” de projetos na área da segurança pública; saiba quais são