A mais alta corte de Hong Kong decidiu contra a pena de prisão para três jovens líderes do movimento pró-democracia que ficou conhecido como movimento dos guarda-chuvas, em 2014.
Joshua Wong, Nathan Law e Alex Chow tiveram a pena de prisão pelo crime de reunião ilegal revertida por um painel de cinco juízes.
O caso se tornou controverso porque os três inicialmente haviam sido condenados a serviços comunitários, mas uma revisão a pedido do secretário de Justiça de Hong Kong, aumentou a pena para seis a oito meses de prisão.
A condenação levou a preocupações com a independência do judiciário na ex-colônia britânica, devolvida à China em 1997.
Apesar da vitória inesperada em favor do movimento pró-democracia, ativistas dizem que futuros protestos podem ser prejudicados, já que os juízes disseram que apoiam uma nova lei que prevê penas mais duras para assembleias ilegais.
"Hong Kong é no geral uma sociedade pacífica, e elementos de desordem e violência devem ser impedidos", escreveu o presidente do tribunal, Geoffrey Ma. Mesmo um baixo nível de violência requer prisão imediata, segundo o magistrado.
"Talvez mais e mais ativistas vão ser presos por causa desse julgamento duro", disse Wong nesta terça (6). "Pedimos às pessoas que continuem a lutar pela democracia."
Os três jovens foram condenados por liderar a invasão do pátio da sede do governo em setembro de 2014 em protesto contra planos de Pequim de restringir as eleições na cidade.
Os protestos em 2014 continuaram por quase três meses e deram origem a um movimento de oposição que ganhou proeminência política.
Law foi eleito para o parlamento de Hong Kong em 2016 mas foi impedido de assumir.
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