• Carregando...

O tribunal de Assuntos Urgentes do Cairo declarou neste sábado o movimento islamita palestino Hamas de “grupo terrorista”, indicou à Agência Efe um dos advogados que apresentou a denúncia Tareq Mahmoud.

Em 4 de março de 2014, o mesmo tribunal tinha proibido temporariamente todas as atividades do movimento no Egito e decretado o confisco de seus escritórios.

Além disso, esta sentença ocorre um mês depois que o braço armado do Hamas, as Brigadas Izadin Al Qasam, também fossem consideradas terroristas por esta corte.

O promotor assegurou que sua denúncia foi apoiada com provas que demonstram que o Hamas “perpetrou atentados em território egípcio” e que ofereceu o apoio a grupos terroristas ativos na península egípcia do Sinai com financiamento e armas.

Mahmoud considera também o grupo responsável por ataques contra prisões registrados durante a revolução que derrubou em 2011 o presidente Hosni Mubarak, nos quais vários detidos islamitas e membros do grupo xiita libanês Hezbollah conseguiram escapar.

O promotor também atribuiu ao Hamas supostos ataques com armas de fogo contra os manifestantes na cêntrica praça de Tahrir, durante os protestos de 2011, que forçaram a queda do ditador Hosni Mubarak.

Segundo seu relato, partilhado por vários meios de informação oficiais e governistas e vários ex-responsáveis de segurança, o Hamas matou manifestantes para que estes se voltassem contra as forças de segurança.

Antigos responsáveis egípcios testemunharam em abril, durante uma sessão do julgamento do deposto presidente Mohammed Mursi, que membros do Hamas e do grupo libanês Hezbollah estavam por trás dos ataques registrados durante a revolução contra prisões.

Na semana passada, dirigentes do Hamas advertiram que vários meios de comunicação egípcios realizam uma campanha de instigação contra seu movimento que poderia atenuar a decisão do Egito de lançar ataques aéreos sobre a Faixa de Gaza.

Além disso, Mahmoud precisou que a sentença pode ser apelada.

As relações entre Egito e Hamas se deterioraram desde o golpe militar que derrubou o presidente Mohammed Mursi, membro da Irmandade Muçulmana, grupo islamita tradicionalmente muito próximo ao Hamas.

Há um ano, a justiça egípcia já ilegalizou temporariamente suas atividades e ordenou o confisco de seus escritórios.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]