Um tribunal iraquiano condenou à morte nesta quinta-feira 15 supostos integrantes da Al-Qaeda por sua participação num massacre realizado durante uma festa de casamento em 2007, quando 70 pessoas foram mortas. O episódio foi considerado um dos ataques mais violentos realizados por militantes sunitas durante a insurgência.
Os réus foram condenados por planejar e realizar o ataque na cidade predominantemente xiita de Dujail, informou o porta-voz do Conselho Judicial Supremo, Abdul-Sattar Bayrkdar. Dujail está localizada a 80 quilômetros ao norte de Bagdá e é cercada por áreas sunitas que estavam sob o controle da Al-Qaeda na época.
Desde a prisão dos réus, no mês passado, a televisão iraquiana tem mostrado as confissões dos envolvidos no que parece ser uma tentativa do presidente xiita Nouri al-Maliki de mostrar que ele está protegendo o país. Em confissões gravadas, os réus disseram que a razão para o massacre foi o fato de que o noivo era xiita e a noiva, sunita.
Num posto de verificação falso estabelecido por insurgentes, vestidos como soldados iraquianos, as famílias foram paradas, sequestradas e levadas a uma área remota, onde foram separadas. Segundo as confissões, os insurgentes jogaram 15 crianças no rio Tigre após amarrar blocos de concreto em seus pescoços. Homens vendados foram alinhados na margem do rio, com as mãos atadas às costas, e executados a tiros. As informações são da Associated Press.