Um tribunal boliviano ordenou na segunda-feira a libertação do governador boliviano acusado de genocídio, em uma decisão criticada imediatamente pelo governo de Evo Morales, que denunciou uma suposta influência política no órgão judicial.

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A libertação do governador de Pando, Leopoldo Fernández, foi anunciada em tribunal da corte do distrito de Chuquisaca, que declarou procedente o habeas corpus pedido pela defesa do acusado, segundo informaram cadeias de rádio e televisão bolivianas.

Fernández, membro de um grupo de quatro governadores opositores, é processado por ser o suposto autor intelectual do massacre de camponeses no dia 11 de setembro, durante uma onda de protestos antigovernamentais.

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Sua prisão e o processo permitiram que o governo federal tomasse o controle do distrito de Pando, enfrentando o bloqueio opositor antes das negociações cruciais, que terminaram na semana passada com um pacto político que acertou um referendo em janeiro, sobre a nova Constituição proposta por Morales.

Morales escolheu um militar para ser governador interino de Pando e anunciou no fim de semana passado que ele continuará no cargo até a eleição de uma nova autoridade regional, em abril de 2010.