Um tribunal militar da Venezuela confirmou nesta segunda-feira (29) a prisão do general José Vietri Vietri, que era o chefe da guarda presidencial de Hugo Chávez em 2002, pelo suposto crime de "instigação à rebelião", informou nesta terça-feira (29) seu advogado.
"Hoje o tribunal militar primeiro de controle ratificou a medida privativa ao general Vietri Vietri pelo crime de instigação à rebelião", disse o advogado do militar, Alonso Medina, que relatou que o ex-chefe da guarda presidencial foi detido na sexta-feira passada.
Medina explicou que o tribunal ratificou a detenção depois que o Ministério Público a solicitou "em atendimento a uma denúncia interposta por um oficial superior do Exército para a direção de contra-inteligência militar na qual manifestava que foi alvo de escutas feitas pelo general Vietri Vietri".
De acordo com a defesa, "este é o único elemento que consta de ata que incrimina o general" e não existe outro elemento que possa confirmar o que foi denunciado pelo oficial.
"O general Vietri Vietri desconhece as intenções deste oficial ao apresentar essa denúncia, já que os fatos denunciados são totalmente falsos", disse Medina.
Além disso, o advogado comentou que Vietri Vietri explicou que "houve uma reunião entre eles", os dois militares, na qual supostamente "o oficial superior manifestou seu descontentamento com algumas personalidades do governo por não ter sido promovido".
O advogado informou que nos próximos cinco dias a defesa apresentará um recurso de apelação "e em paralelo correm os 45 dias nos quais o Ministério Público deve rever a investigação do caso".
Em abril, Medina também informou sobre o caso de três generais e um capitão reformado das Forças Armadas que estão presos e acusados por um tribunal militar de Caracas de instigação à rebelião e de fazer parte de um grupo de militares que pretendia dar um golpe de Estado contra o presidente Nicolás Maduro.
Sobre esse caso, Medina disse hoje que a audiência preliminar, que ocorre em um tribunal diferente da ação contra Vietri Vietri, está pautada para amanhã.
Maduro garantiu em diferentes oportunidades, desde que assumiu a presidência, que existem planos para derrubá-lo e assassiná-lo.
Uma dessas denúncias foi feita no final de maio passado, quando dirigentes do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), que governa o país, asseguraram que um grupo de opositores, incluindo a ex-deputada María Corina Machado, planejava o magnicídio e o golpe de Estado contra Maduro.
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