Netanyahu discursa na cidade de Petah Tikva.| Foto: AFP
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Um tribunal israelense rejeitou, nesta terça-feira (10), o pedido do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu de adiar o início de seu julgamento por corrupção, abrindo caminho para o início dos procedimentos na próxima semana, conforme planejado.

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Os advogados de Netanyahu apelaram por um adiamento, dizendo que precisavam de mais tempo para revisar as evidências. Os promotores estaduais responderam que se opunham a qualquer atraso e o tribunal aceitou sua posição.

Ao anular o pedido, o juiz escreveu que a primeira sessão, realizada em 17 de março, era apenas uma leitura processual das acusações e a resposta do réu não era necessária. Não haveria justificativa, portanto, para um adiamento.

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Netanyahu foi acusado de fraude, quebra de confiança e de ter recebido subornos em conexão com uma série de escândalos que incluem presentes caros de amigos ricos e oferta de troca de favores com poderosos magnatas da mídia. O líder israelense de longa data, contudo, nega qualquer irregularidade e diz que é vítima de uma caça às bruxas orquestrada pela mídia.

Seus problemas legais estavam no centro das eleições nacionais da semana passada, a terceiro de Israel em menos de um ano. Como as eleições de abril e setembro, esta terminou inconclusivamente.

O oponente de Netanyahu, Benny Gantz, recusou-se a sentar-se com ele no governo e parece pronto para pressionar por uma legislação no parlamento que impediria qualquer pessoa indiciada por um crime de liderar um governo - desqualificando Netanyahu para o cargo.

A saída mais direta do impasse político em cada uma das eleições anteriores seria um governo de unidade, mas os lados se tornaram cada vez mais agressivos a cada campanha.