A Corte Constitucional da Romênia declarou nesta segunda Traian Basescu o vencedor das eleições presidenciais. A decisão veio dias depois de a oposição ter denunciado fraudes no pleito. Hoje, porém, autoridades eleitorais terminaram a análise de cerca de 138 mil votos e definiram que o resultado da eleição de 6 de dezembro não foi alterado.

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Basescu conquistou 50,33% dos votos e venceu o ex-ministro de Relações Exteriores Mircea Geoana, que ficou com 49,67%. Geoana aceitou a derrota e desejou boa sorte a Basescu em seu novo mandato de cinco anos.

Porém, ele continua a afirmar que as eleições foram faudadas e que o tribunal ignorou "evidências extremamente claras". "A luta pela presidência se encerra aqui, mas a luta para descobrir a verdade nessas eleições continua", disse Geoana.

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O Partido Social Democrata abriu um processo no tribunal alegando fraude. A legenda afirma ter evidências de adição de votos em urnas, votações múltiplas e de ampla compra de votos. A legenda também pediu a realização de uma nova votação.

Espera-se que a decisão de hoje traga alguma estabilidade à Romênia, que está sem um governo certo desde 13 de outubro, quando o governo foi deposto pelo Parlamento numa moção de desconfiança. O presidente romeno escolhe o primeiro-ministro que, por sua vez, forma o novo governo e estabelece um orçamento.

FMI

Em meio às incertezas, uma delegação do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Comissão Europeia chegou ao país hoje para discutir um empréstimo ao país que estava congelado em razão da crise política.

A delegação se reuniu com autoridades romenas para discutir o orçamento de 2010, que tem de ser aprovado pelo Parlamento e é crucial para a decisão de liberar uma parcela de € 1,5 bilhão (US$ 2,2 bilhões) do empréstimo do FMI.

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O FMI e a Comissão Europeia disseram que uma missão de revisão pode voltar ao país em janeiro, quando um novo gabinete já terá sido formado e uma programação terá sido estabelecida.

O FMI, a União Europeia e o Banco Mundial fizeram um pacote conjunto de € 20 bilhões em março para ajudar a Romênia durante a crise econômica mundial.