Nadezhda Tolokonnikova, Maria Alyokhina e Yekaterina Samutsevich, integrantes do Pussy Riot, foram presas após protesto em uma igreja de Moscou| Foto: AFP PHOTO / NATALIA KOLESNIKOVA

A banda e rock Pussy Riot perdeu nesta quarta-feira (30) um recurso contra a proibição de seus vídeos musicais na internet, incluindo o que contém uma canção de protesto que levou à prisão de três integrantes do conjunto.

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O tribunal de Moscou confirmou a decisão da corte que, em novembro, havia considerado os vídeos "extremistas". O material que mostra as integrantes da banda dançando em frente ao altar da principal catedral ortodoxa russa de Moscou.

Os vídeos ainda estão disponíveis em sites hospedados fora da Rússia, incluindo o Youtube.

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O tribunal rejeitou o apelo de uma das integrantes da banda, Yekaterina Samutsevich, que diz que a retirada do material da internet viola o direito à liberdade de expressão.

Samutsevich disse que irá apresentar um novo recurso, mas a decisão de hoje já impõe que os vídeos sejam removidos de sites russos.No julgamento em primeira instância, a juíza Marina Musimovich disse que os vídeos continham "palavras e ações que humilhavam vários grupos sociais com base em sua religião", ao mesmo tempo em que convocava motins e "perturbação de ordem pública", que poderiam inflamar o ódio racial e religioso.

"Oração"

Samutsevich e duas outras integrantes da banda foram condenadas por "vandalismo motivado por ódio religioso". Ela saiu da prisão em outubro, quando sua sentença foi suspensa por um recurso, mas Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alyokhina seguem na prisão.

O julgamento das Pussy Riot recebeu amplas críticas no exterior e a sentença emitida foi classificada de "desproporcional". Elas receberam o apoio de diversas personalidades internacionais, como Paul McCartney, Madonna, Sting e Yoko Ono, a viúva de John Lennon.

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