Pelo menos nove brasileiros que trabalham em um cruzeiro foram impedidos de desembarcar no porto de San Pedro, em Los Angeles, no Estado da Califórnia, Estados Unidos, neste fim de semana. Eles afirmam ter recebido um e-mail da direção do navio alertando que tripulantes nascidos em 15 países da América Latina e Ásia não haviam sido autorizados a descer.
O cruzeiro Costa Deliziosa deixou a cidade nesta segunda-feira e seguiu para São Francisco, também na Califórnia. A Costa Cruzeiros informou que os tripulantes foram barrados pela autoridade imigratória local. Os funcionários alegam que estão com visto em dia e portam a documentação exigida pelos Estados Unidos. Representante do consulado americano não foi encontrado para comentar o caso.
"Os funcionários europeus puderam descer na cidade. Mas 80% dos tripulantes não puderam sair", disse o professor de dança Osiris Pietro, de 25 anos, um dos brasileiros que trabalham no cruzeiro. "O pior é que não temos a informação correta de onde vem essa restrição a brasileiros e outros povos, como bolivianos e chineses. É algum tipo de discriminação?"
Pietro relatou que na quinta-feira ele e outros funcionários haviam sido autorizados a desembarcar em San Diego, que também fica no Estado da Califórnia. "Estou há mais ou menos um ano na companhia. Foi a primeira vez que aconteceu um incidente desses." Mesmo estando de folga, o professor de dança teve que ficar dentro do navio.
Informalmente, funcionários do Costa Deliziosa especulavam que a proibição pode estar relacionada a um problema ocorrido ano passado. Sete tripulantes filipinos e três indianos não voltaram para o barco e ficaram como imigrantes ilegais nos Estados Unidos. A informação não foi confirmada pela empresa.
O Costa Deliziosa saiu de Savona, na Itália, em 6 de janeiro. A embarcação, que possui 1.130 cabines, quatro restaurantes, cassino e spa, já passou por cidades da Europa, Caribe e México. Ele deve retornar à cidade italiana em 16 de abril.
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