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Após um cerco de dias, tropas sírias apoiadas por tanques e helicópteros tomaram o controle hoje de mais uma cidade no noroeste do país, segundo ativistas. Foram também divulgadas novas denúncias de homicídios indiscriminados e execuções sumárias pelo regime do presidente Bashar al-Assad, que busca suprimir um movimento pela democracia.

Milhares de pessoas foram às ruas no noroeste do país, em meio aos protestos que duram três meses. Ao mesmo tempo, muitas tropas tomaram Maaret al-Numan, cidade a 45 quilômetros da fronteira turca, informou o ativista Mustafa Osso. Segundo ele, as forças estavam agora seguindo para Khan Sheikhon, mais ao sul onde homens armados atacaram militares mais cedo neste mês.

Omar Idilbi, do grupo Comitês de Coordenação Local, que documenta os protestos, informou que o governo tomou o controle de Maaret al-Numan, cidade de 100 mil habitantes na estrada que liga Damasco à segunda maior cidade síria, Alepo. Muitos moradores fugiram, enquanto as tropas avançavam pela província de Idlib nas últimos dias. Não há ainda informações sobre mortes.

Desde o início dos protestos, em meados de abril, Assad lançou uma operação militar na região para sufocar as marchas. Ativistas dizem que mais de 1,4 mil pessoas morreram e 10 mil foram presas. Outras 9,6 mil do noroeste do país cruzaram a fronteira e estão em campos de refugiados na vizinha Turquia.

No nordeste, cerca de 2 mil pessoas marcharam brevemente pedindo a queda do regime nas cidades de Amouda e Qamishli, após o fim das preces muçulmanas da sexta-feira, segundo o grupo Comitês de Coordenação Local.

O governo atribui os distúrbios a uma conspiração estrangeira, dizendo que extremistas religiosos estão por trás das marchas. Lideranças militares afirmaram que é preciso retirar "terroristas armados" do noroeste sírio.

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