Soldados do Iêmen e membros de uma tribo mataram 14 suspeitos de ligações com a Al-Qaeda, incluindo dois norte-africanos e um saudita, no sul rebelde do país, disseram autoridades nesta terça-feira (22). A 119ª Brigada, comandada pelo dissidente general Ali Mohsen al-Ahmar lançou na segunda-feira à noite granadas e foguetes em supostos esconderijos da Al-Qaeda em Zinjibar, capital da província de Abyan, matando 11 militantes.
"Os 11 membros da Al-Qaeda mortos incluem um mauritano, um argelino chamado Samir Boumedienne e o saudita Al-Sayadi, além de dois somalis", disse uma autoridade local sob condição de anonimato, acrescentando que a brigada lançou o ataque da vila adjacente de al-Kud. "Sete militantes ficaram feridos em Zinjibar", completou a fonte.
Na aldeia vizinha de Mudia, "três combatentes da Al-Qaeda foram mortos e dois ficaram feridos quando homens armadas atacaram uma casa onde eles estavam escondidos", afirmou uma autoridade tribal também sob condição de anonimato. O ataque aconteceu "pouco depois de um artefato explodir em Mudia matando dois membros de uma tribo e ferindo outros cinco", afirmou a fonte, culpando militantes ligados à Al-Qaeda pelo ataque.
Membros de tribos se juntaram às tropas do governo na luta contra militantes da Al-Qaeda ligados ao grupo Partidários da Sharia (lei islâmica), que invadiu Zinjibar em maio. Os suspeitos aproveitam-se de um enfraquecimento da autoridade central desde janeiro, quando milhares de iemenitas lançaram um movimento de protesto sem precedentes contra o regime do presidente Ali Abdullah Saleh. Apesar de meses de batalhas, as tropas do governo seguem incapazes de ter o controle das vilas e cidades de Abyan. As informações são da Dow Jones.
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