As tropas de combate norte-americanas podem ser retiradas de Bagdá em 10 meses devido à diminuição da violência na capital iraquiana, disse o general David Petraeus, comandante dos Estados Unidos no Iraque, em uma entrevista publicada na quinta-feira.
Os comentários de Petraeus ao jornal Financial Times vêm no momento em que os Estados Unidos e o Iraque tentam finalizar um pacto de segurança sobre a presença das forças norte-americanas no Iraque, depois do mandato da ONU expirar, no fim do ano.
Há cerca de 145 mil militares norte-americanos no Iraque e Petraeus se referiu, na entrevista, apenas aos cerca de 16 mil que estão em Bagdá segundo o jornal.
Questionado sobre se era possível que as forças de combate dos EUA deixassem Bagdá em julho, Petraeus disse: "se as condições permitirem, sim".
"O número de ataques em Bagdá, ultimamente, tem sido... acho que, provavelmente, a média é de menos que cinco (por dia) e é uma cidade de sete milhões de pessoas", acrescentou.
O Exército dos EUA entregou a província de Anbar às forças iraquianas na segunda-feira, menos de dois anos depois da região quase ser perdida para uma insurgência sunita.
Anbar foi a 11ª de 18 províncias iraquianas devolvidas ao controle iraquiano desde 2003, quando ocorreu a invasão liderada pelos Estados Unidos, para derrubar Saddam Hussein.
Líderes iraquianos disseram que os Estados Unidos e o Iraque acertaram uma data em 2011 para a retirada das tropas norte-americanas do país, mas autoridades norte-americanas disseram que as negociações continuam. Washignton tem relutado em adotar datas fixas para a retirada.
Os termos da presença futura das tropas dos Estados Unidos no Iraque são alvo de um exame minucioso, num momento em que os Estados Unidos se preparam para as eleições presidenciais, em novembro.
Um dos candidatos, o democrata Barack Obama, quer um prazo de 16 meses para a retirada, enquanto o republicano John McCain é contra a o estabelecimento de um prazo para remover as tropas.
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