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As tropas estrangeiras no Afeganistão ainda não sabem o que causou a queda, há dois dias, de um helicóptero norte-americano na província de Maidan Wardak, mas uma fonte dos EUA disse à Reuters, sob anonimato, que o aparelho supostamente foi derrubado a tiros.

Soldados estão vasculhando a região onde o helicóptero CH-47 Chinook caiu, no incidente com maior número de mortos em quase uma década de guerra no Afeganistão. O Taleban disse ter derrubado o aparelho.

A queda do helicóptero no sábado matou 30 soldados norte-americanos, um intérprete e sete afegãos.

"Ainda não estamos cientes da causa do incidente, esta é uma parte muito vital da investigação", disse em entrevista coletiva o general Carsten Jacobsen, porta-voz da Isaf (força da Otan no Afeganistão). "A área em que o helicóptero estava operando era conhecida por não estar livre de insurgentes."

A força estrangeira impôs medidas extraordinárias na região durante os trabalhos de resgate dos corpos e dos destroços. Alguns moradores se queixaram das restrições.

"Só posso aconselhá-los a não se aproximarem do local da queda enquanto a investigação está em andamento," disse Jacobsen.

A violência está no seu pior nível no Afeganistão desde que os EUA e seus aliados invadiram o país para derrubar o regime islâmico do Taleban, em dezembro de 2001.

Ao menos outros sete soldados da Isaf foram mortos no final de semana. Quatro soldados foram mortos em dois ataques separados no domingo, incluindo dois legionários franceses.

Nesta segunda-feira, outro helicóptero das forças da Otan caiu na volátil província de Paktia (leste). A Isaf disse que não havia atividade insurgente na região, e que não houve vítimas.

O Taliban disse à Reuters, em mensagem de texto enviada por um porta-voz, que suas forças abateram o helicóptero, também um Chinook, matando 33 soldados norte-americanos.

O Taleban costuma exagerar os relatos sobre seus ataques, embora tenha apontado corretamente o número de mortos na queda do primeiro helicóptero.

EUA e França divulgaram nota após esse incidente prometendo "manter o rumo" no Afeganistão, mas o grande número de mortos deve gerar mais questionamentos sobre a conveniência de manter tropas envolvidas nesse impopular conflito.

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