Tropas sírias avançaram nesta quarta-feira em Baba Amr, área importante controlada por rebeldes no centro da cidade de Homs, de onde três jornalistas ocidentais não conseguem sair por causa de ataques das forças do governo que já duram semanas. Aparentemente, as tropas iniciaram uma operação em solo para retomar a área que se tornou o símbolo do levante contra o presidente Bashar Assad.
As forças do governo têm atacado Homs com tanques, artilharia e foguetes há mais de três semanas. O principal alvo é o bairro de Baba Amr, controlado pelos rebeldes.
A declaração de uma autoridade síria sobre o avanço de novas tropas indicam que uma ação em solo estava tendo início para recapturar Baba Amr. A autoridade, que falou em condição de anonimato, prometeu que o bairro estará "limpo" dentro de algumas hora.
Na terça-feira, rebeldes sírios conseguiram transportar Paul Conroy, um dos jornalistas até o Líbano. Segundo ativista, 13 sírios envolvidos na operação de resgate foram mortos durante a ação.
O governo francês confirmou nesta quarta-feira que dois repórteres franceses continuavam em Baba Amr; Edith Bouvier, do Le Figaro, e William Daniels. Bouvier e Conroy ficaram feridos na semana passada no mesmo ataque que matou a jornalista norte-americana Marie Colvin e o fotógrafo francês Remi Ochlik.
O Ministério de Relações Exteriores francês exigiu que o regime sírio assegure condições para permitir a "rápida evacuação" dos dois jornalistas franceses, "particularmente por meio de um imediato cessar-fogo em Baba Amr."
"A França está mobilizada em conseguir, prioritariamente, a evacuação de seus dois cidadãos que não conseguem deixar Homs, em articulações com as autoridades sírias", assim como com a Cruz Vermelha e com o Crescente Vermelho, disse o porta-voz do Ministério, Bernard Valero.
O repórter espanhol Javier Espinosa, que trabalha para o jornal espanhol El Mundo, também não consegue deixar Homs, informou o diário nesta quarta-feira. O jornal disse que falou brevemente com ele na noite de terça-feira e que ele está "ok". O diário informou que hão acha que o jornalista esteja ferido e não sabe em que local da cidade ele está.
As tropas também entraram na cidade de Halfaya, província de Hama, que fica perto de Homs, após cinco dias de intensos bombardeios, informaram ativistas. Eles também relataram que a cidade de Rastan, tomada pelos rebeldes, também foi alvo de ataques e há mortos e feridos. As informações são da Associated Press.