O Exército do Sudão matou 12 rebeldes e feriu dezenas deles na região meridional de Cordofão do Sul, na fronteira com a República do Sudão do Sul.
O governador de Al Abassiya, uma das províncias dessa região, Fathi Abdullah Arabi, disse em entrevista à imprensa que as tropas "causaram 12 baixas na sexta-feira e dezenas de feridos nas fileiras insurgentes na área de Al Murib, e ainda perseguem os que conseguiram fugir".
Nesse sentido, o governador destacou que o Exército sudanês recuperou o controle de Al Murib, que estava nas mãos do rebelde Exército Popular de Libertação do Sudão-Setor Norte (EPLS-SN).
Além disso, Arabi revelou que os habitantes dessa área, que tinham fugido aterrorizados após verem os insurgentes degolar uma pessoa, começaram a retornar a seus lares.
As tropas prosseguem agora seu avanço rumo à área de Meshmeshka, nas proximidades da cidade de Al Abassiya para eliminar todos os enclaves do EPLS-SN, acrescentou o governador.
No último dia 8 de agosto, o coordenador da ONU para Assuntos Humanitários no Sudão, Mark Kits, afirmou em entrevista coletiva em Cartum que "as estimativas preliminares indicam que 520 mil civis se viram obrigados a deslocar-se pelo conflito em Cordofão do Sul e 145 mil na região vizinha de Nilo Azul".
Os combates entre o Exército sudanês e membros do EPLS-SN no Cordofão do Sul começaram em junho de 2011.
Este grupo rebelde é a facção no Sudão do Exército Popular para a Libertação do Sudão, que lutou pela independência do Sudão do Sul durante duas décadas e atualmente governa o novo país nascido em julho de 2011.