Tropas africanas enviadas para a República Centro-Africana suspenderam ontem a busca pelo chefe do Exército da Resistência do Senhor (LRA, sigla em inglês), Joseph Kony.
O governo não estaria cooperando com a Missão da União Africana enviada ao país para a captura do líder rebelde ugandês acusado de diversos crimes contra a humanidade.
Segundo o general Aronda Nyakairima, do Exército de Uganda, responsável pelas operações, os trabalhos foram interrompidos até que o status da missão seja definido pela União Africana, cujo mandato determinou o envio dos militares para a Republica Centro-Africana.
Na semana passada, o presidente do país, François Bozizé, foi deposto por rebeldes, que assumiram o controle da capital, Bangui. Ele era um forte aliado dos esforços para eliminar o LRA. Soldados africanos e americanos, que apoiavam a missão, usavam duas bases militares no país para as buscas por Kony.
Cerca de 3 mil soldados africanos, a maior parte de Uganda, foram enviados para prender Kony, indiciado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes contra a humanidade. O guerrilheiro ficou conhecido após a divulgação de um vídeo-denúncia da ONG Invisible Children, no ano passado.