Bagdá O comando militar norte-americano no Iraque determinou ontem que o contingente que atua nos combates receba aulas de ética, depois das acusações de que marines mataram civis desarmados na cidade de Haditha, em novembro do ano passado. O treinamento, que ocorrerá nos próximos 30 dias, vai ressaltar "a importância de adotar padrões legais, morais e éticos no campo de batalha", afirmou um comunicado.
Autoridades da Defesa dos Estados Unidos já disseram que os marines envolvidos no incidente, em que 24 civis morreram, podem ser indiciados por homicídio doloso ao final da investigação. Os iraquianos acreditam que as mortes sem justificativa nas mãos das forças dos EUA sejam comuns, mas poucos casos foram efetivamente confirmados por investigações.
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, garantiu ontem que a Casa Branca não vai interferir na investigação da matança. Bush já havia prometido que os responsáveis pelas mortes serão punidos, se for comprovada sua culpa.
A maior preocupação das forças da coalizão que ocupa o Iraque desde 2003 agora é contornar a retomada da violência. O Iraque teve em maio 1.055 mortos, um número que representa 38% a mais em relação às vítimas da violência diária registradas em abril. O total de feridos do mês passado chegou a 1.423, contra 1.088 em abril.
Pelo menos 10 iraquianos morreram e 65 ficaram feridos em atentados praticados ontem no Iraque, informaram fontes de segurança. Em um dos ataques com obus de morteiro, quatro pessoas, entre elas um menino de 2 anos, foram mortas e 41 ficaram feridas no bairro de Dura, no sul de Bagdá.
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