As tropas ucranianas e moradores da cidade portuária Mariupol, no leste da Ucrânia, se prepararam ontem para se defender de um ataque dos rebeldes pró-Rússia - que Kiev diz que são apoiados por uma coluna blindada russa - em uma nova ofensiva que desequilibrou a guerra. Separatistas pró-Rússia e tropas ucranianas usaram escavadeiras para cavar trincheiras ao longo da nova frente de batalha, um trecho de 40 km da rodovia costeira no Mar de Azov.
Alexandra, uma funcionária dos Correios, com uma pequena fita amarela e azul representando a Ucrânia presa no seu vestido, disse que estava pronta a se juntar à luta contra um possível ataque dos russos e dos rebeldes. "Temos orgulho de ser dessa cidade e estamos prontos para defendê-la contra os invasores. Vamos cavar trincheiras. Vamos jogar bombas de gasolina neles, os invasores", disse ela. "Mas acredito que nosso exército e batalhões (de voluntários) vão nos proteger."
Nova frente
Depois de semanas em que as forças do governo partiram para a ofensiva e os rebeldes, em grande parte, recuaram para as cidades de Donetsk e Luhansk, a tropas pró-Moscou abriram uma nova frente de batalha na costa, na semana passada, tomando a cidade de Novoazovsk.
Kiev, Washington e a União Europeia dizem que o novo avanço é resultado do envio pela Rússia de centenas de soldados e armamento pesado para resgatar os rebeldes do que teria sido um colapso. Moscou nega a alegação. O trecho da rodovia que liga Mariupol a Novoazovsk estava, na maior parte do tempo, tranquila no domingo, embora os dois lados tenham patrulhas móveis realizando incursões no território um do outro.