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Donald Trump
Ex-presidente americano Donald Trump, em mensagem em vídeo mandada para o partido espanhol de direita Vox, outubro de 2022.| Foto: EFE/ Victor Lerena

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump indicou neste sábado (18) que acredita que será preso na próxima terça-feira como parte da investigação sobre o pagamento de dinheiro à atriz pornô Stormy Daniels e pediu aos cidadãos que protestem.

"Proteste, recupere nossa nação", disse em sua rede social Truth Social, sem especificar o motivo da detenção.

A mensagem de Trump poderia lembrar, para alguns, sua retórica nos dias prévios ao ataque ao Capitólio, em janeiro de 2021, quando também convocou seus apoiadores a se manifestarem contra os resultados das eleições em que foi derrotado por Joe Biden.

O ex-presidente baseou suas informações em "vazamentos ilegais de uma procuradoria corrupta e altamente politizada de Manhattan que permitiu que novos recordes fossem estabelecidos em crimes violentos e cujo líder é financiado por George Soros".

Segundo a mesma, acrescentou na sua mensagem, "o principal candidato republicano e ex-presidente dos Estados Unidos será detido na terça-feira (...) sem que seja possível provar qualquer crime e com base em um antigo e totalmente desmentido conto de fadas (por muitos outros promotores)".

A investigação de Manhattan, que durou quase cinco anos, centra-se em um suposto pagamento de US$ 130 mil (R$ 686 mil) a Stormy Daniels em troca de seu silêncio durante sua campanha eleitoral de 2016 para a Casa Branca.

O pagamento secreto buscaria impedi-la de tornar pública uma suposta relação sexual com o então candidato presidencial.

A promotoria, segundo a imprensa local, parece estar focada na falsificação dos registros comerciais da Organização Trump por causa de como foi incluído o reembolso desse pagamento ao ex-advogado de Trump Michael Cohen, que disse ter adiantado o dinheiro à mulher.

A falsificação de registros comerciais é um pequeno delito em Nova York, de acordo com a CNN, mas o promotor de Manhattan, o democrata Alvin Bragg, permanece em silêncio até o momento.

A mesma emissora adiantou hoje que o ex-presidente deverá comparecer em Manhattan após as acusações formais e adiantou a intenção de fazer um discurso logo depois, algo que seus assessores o desaconselharam.

Steven Cheung, porta-voz de Trump, em todo caso, disse hoje que o ex-presidente ainda não recebeu nenhuma notificação oficial da promotoria, enquanto Susan Necheles, uma de suas advogadas, confirmou que suas palavras sobre uma detenção são baseadas em reportagens da imprensa divulgadas nos últimos dias.

Segundo a imprensa americana, as autoridades de Nova York e as forças de segurança estão se preparando para garantir a segurança no tribunal caso o magnata seja acusado, algo que acreditam que poderá ocorrer já na próxima semana.

Este caso marcaria a primeira acusação contra o ex-presidente americano e poderia reverter a corrida presidencial de 2024, na qual Trump continua sendo um dos principais candidatos republicanos, seguido de perto pelo atual governador da Flórida Ron DeSantis.

O republicano Kevin McCarthy, líder da Câmara dos Representantes dos EUA, denunciou que a possível ação contra o ex-presidente é um "vergonhoso abuso de poder por parte de um promotor radical" que busca "vingança política contra o presidente Trump".

"Vou instruir os comitês relevantes a investigar imediatamente se estão usando fundos federais para subverter nossa democracia, interferindo nas eleições com processos judiciais de motivação política", tuitou.

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