O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, anunciou neste domingo (10), em sua rede Truth Social, a pessoa que será responsável pelo controle das fronteiras durante sua gestão: o ex-diretor interino do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE, sigla para Immigration and Customs Enforcement) durante seu primeiro mandato, Tom Homan.
“Tenho o prazer de anunciar que o ex-diretor do ICE e defensor do controle de fronteiras, Tom Homan, se juntará ao governo Trump, como responsável pelas fronteiras do nosso país”, escreveu o republicano na rede social.
Homan é um dos defensores do aumento de controle das fronteiras e da deportação em massa de pessoas que permanecem ilegais no país, uma das principais promessas de Trump durante a campanha. O próprio presidente eleito afirmou que o ex-diretor do ICE “será responsável por todas as deportações de estrangeiros ilegais de volta ao seu país de origem”.
Além de supervisionar as fronteiras sul e norte, Homan também administrará as áreas de segurança marítima e aviação dos EUA.
Em entrevista à Fox News, o oficial da imigração já havia antecipado que o ICE iria implementar as propostas de Trump para conter a crise migratória de uma "maneira humana".
“Será uma operação bem direcionada e planejada conduzida pelos homens do ICE. Os homens e mulheres do ICE fazem isso diariamente. Eles são bons nisso”, ele disse, acrescentando que, “quando forem lá, saberão quem estão procurando. Provavelmente sabemos onde eles estarão, e isso será feito de forma humana”.
Homan foi nomeado diretor interino do ICE em 2017 e tem décadas de experiência em fiscalização de imigração. Ele é ex-policial, agente da Patrulha de Fronteira dos EUA e agente especial do antigo Serviço de Imigração e Naturalização.
Homan se junta a nomes já confirmados para integrar o gabinete do presidente, como Susie Wiles, que será sua chefe de gabinete na Casa Branca.
Uma das pessoas que pode ter um papel importante é o bilionário Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX e proprietário da rede social X, na qual promoveu uma forte campanha a favor do republicano.
Trump ofereceu a Musk o comando de um escritório de “eficiência governamental” com o objetivo de cortar gastos burocráticos e cumprir a meta do republicano de eliminar o que ele chama de “Estado profundo”.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura