O ex-presidente norte-americano Donald Trump anunciou, nesta quarta-feira (20), o lançamento de uma rede social com a promessa de quebrar o monopólio das grandes plataformas (as chamadas Big Techs, como Facebook, Twitter e Instagram), resistir à cultura do cancelamento e promover a liberdade de expressão sem discriminação de ideologias políticas.
Trump disse que a sua empresa Trump Media & Technology lançará o aplicativo "Truth Social" para "enfrentar a tirania" das empresas Big Tech, que o silenciaram após a invasão ao Capitólio em 6 de janeiro.
"Nós vivemos em um mundo onde o Talibã tem uma grande presença no Twitter, mas o seu presidente americano favorito foi silenciado. Isso é inaceitável", afirmou Trump em comunicado na noite de quarta-feira.
No momento, usuários interessados em criar uma conta na rede podem deixar o seu nome em uma lista de espera. O site ficou disponível por um curto período na quarta-feira à noite para a criação de perfis.
Além da viabilização do ambiente digital de discussões, o projeto pretende lançar uma plataforma de streaming por assinatura com vídeos e podcasts. Scott St. John, produtor-executivo dos programas norte-americanos Deal or No Deal e America's Got Talent, atuará à frente do projeto.
O lançamento oficial da nova rede deve ocorrer no início de 2022, mas a versão beta da plataforma já poderá ser testada por convidados a partir de novembro. A rede social deve ser similar ao Twitter.
No começo do ano, Jason Miller, ex-assessor de Trump, lançou uma rede social chamada Getter, mas o ex-presidente republicano ainda não tem um perfil na plataforma. Miller parabenizou Trump pelo anúncio da nova rede. "Agora, Facebook e Twitter perderão ainda mais participação no mercado", disse o ex-assessor em comunicado.
Brasileiros participam do projeto
A Trump Media & Technology Group, a partir da fusão, torna-se uma empresa de capital aberto. A DWAG, por meio de um grupo de investidores, financiará a etapa inicial da Truth Social, porém novos acionistas poderão fazer parte do negócio. A viabilização da fusão contou com a participação de dois brasileiros: Rodrigo Veloso, que foi um dos principais intermediadores na transação entre as empresas, e Luiz Philippe de Orleans e Bragança, deputado federal e diretor financeiro da DWAC.
Em entrevista à Gazeta do Povo, Orleans e Bragança disse que a escolha dos investidores para o projeto de Donald Trump teve a ver com a identificação de uma demanda reprimida devido ao atual contexto político internacional, e que o grupo enxergou viabilidade de crescimento por parte do grande número de apoiadores do ex-presidente.
“Pelo prisma de negócio e do contexto político faz todo sentido. Do ponto de vista de Trump, é óbvio que tem um viés político de criar uma plataforma que garanta a liberdade de expressão, que não cancele e não censura”, diz o deputado.
“Obviamente haverá limites quanto a conteúdos de fato nocivos, como pedofilia, violência e pornografia. Agora, em termos de opinião, será um campo livre. Qualquer viés ideológico vai poder se manifestar sem ter controladores de algoritmo, canceladores de opinião, fact-checkers, tudo isso que está tingindo esses canais que surgiram há 15 anos atrás e que hoje se transformaram em um cartel de controladores de opiniões”, declara Orleans e Bragança.
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