O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (23) a ordem executiva para tirar os Estados Unidos do Acordo Transpacífico de Cooperação Econômica (TPP, da sigla em inglês), assinado por seu antecessor, Barack Obama, para formar a maior área de livre-comércio do mundo.
Esse tratado, concebido como um contrapeso à influência crescente da China, foi assinado em 2015 por 12 países da região Ásia-Pacífico, mas não entrou em vigor.
Na campanha eleitoral, Trump o classificou de “terrível” para os trabalhadores americanos.
“Temos falado muito disso durante muito tempo”, disse Trump enquanto assinava a ordem executiva no Salão Oval da Casa Branca.
“O que acabamos de fazer é uma grande coisa para os trabalhadores americanos”, acrescentou.
O TPP foi assinado por 12 países que representam quase 40% da economia mundial: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Estados Unidos, Japão, Malásia, México, Nova Zelanda, Peru, Cingapura e Vietnã.
A administração Obama considerava o TPP como o melhor tratado possível porque inclui não só a eliminação de barreiras comerciais, como também de normas sobre legislação trabalhista, ambiente, propriedade intelectual e compras estatais.
Várias organizações não governamentais o questionam por alegar que há normas pouco transparentes para os trabalhadores e o ambiente. Argumentam ainda que viola normas soberanas de países-membros e limita o acesso a medicamentos.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, árduo defensor do tratado, admitiu no final de 2016 que sem os Estados Unidos o TPP “não teria sentido”.