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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump atacou na quinta-feira (10) o governador da Flórida, Ron DeSantis, acusando-o de ser desleal, depois que o político em ascensão no Partido Republicano passou a ser cada vez mais especulado como candidato nas eleições presidenciais de 2024.
Em comunicado, Trump afirmou que seu apoio foi vital para a vitória de DeSantis nas eleições de 2018 para o governo do estado, e que o correligionário está sendo desleal ao insinuar que pode concorrer pela a candidatura do partido para a corrida rumo à Casa Branca.
Quando perguntado se vai concorrer, DeSantis, de acordo com Trump, responde que não está pensando no futuro.
"Se estamos falando de lealdade ou classe, essa não é realmente a melhor resposta", enfatizou o ex-presidente na nota.
Trump também disse que salvou a campanha de DeSantis à reeleição como governador com seu apoio e acusou a imprensa conservadora - que já foi sua maior apoiadora - de realizar uma "ofensiva" contra ele, apoiando o governador da Flórida como candidato.
"Isso é exatamente como em 2015 ou 2016, quando a 'Fox News' brigou comigo até eu ganhar, e depois (eles mudaram e) não poderiam ser mais agradáveis comigo", frisou Trump.
Alguns dos principais veículos de comunicação conservadores nos EUA - Fox News e The New York Post - começaram a virar as costas ao ex-presidente, depois que os republicanos não obtiveram a vitória que esperavam nas chamadas "midterms" - as eleições legislativas de meio de mandato presidencial.
E, à medida em que a popularidade de Trump diminui, DeSantis, que foi reeleito governador na terça-feira (8), está ganhando força nos círculos conservadores. A Fox News divulgou ontem um editorial intitulado "Ron DeSantis é o novo líder do Partido Republicano".
DeSantis conseguiu a reeleição na Flórida por uma ampla margem, e essa vitória, segundo vários analistas, o credencia para a disputa pela presidência.
Os resultados parciais das eleições legislativas de terça-feira estão longe da "onda vermelha" (cor do Partido Republicano) que muitos eleitores conservadores e analistas previam. Embora a contagem dos votos tenha progredido pouco na quarta-feira, no caso da Câmara dos Representantes, projeções da imprensa dos EUA apontam que os republicanos garantiram 207 dos 218 assentos de que precisam para controlar essa casa do Congresso.
Os democratas, por sua vez, têm 184 assentos, e mais de 40 ainda estão a ser decididos. Quanto ao Senado, a situação é muito menos clara: dos 100 assentos, os democratas têm 48 assegurados, um a menos que os republicanos.