O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atacou nesta terça-feira (12) a senadora democrata Kirsten Gillibrand, um dia depois que a oposicionista pediu sua renúncia devido a acusações de abuso sexual de cinco mulheres.
Gillibrand foi uma das 60 parlamentares signatárias de um pedido de investigação contra o presidente no Congresso. A iniciativa é uma resposta às denúncias reiteradas por três mulheres em depoimentos na última segunda (11).
"A senadora peso-pena Kirsten Gillibrand, uma lacaia total de [líder democrata no Senado, Chuck] Schumer e alguém que chegaria ao meu escritório 'implorando' por doações de campanha não muito tempo atrás (e faria qualquer coisa por elas) agora está no ringue brigando contra o Trump. Muito desleal ao Bill e à Trapaceira [Hillary Clinton]”, disse o presidente no twitter.
Lightweight Senator Kirsten Gillibrand, a total flunky for Chuck Schumer and someone who would come to my office âbeggingâ for campaign contributions not so long ago (and would do anything for them), is now in the ring fighting against Trump. Very disloyal to Bill & Crooked-USED!
â Donald J. Trump (@realDonaldTrump) December 12, 2017
A legisladora respondeu, considerando a declaração machista. "Foi um borrão sexista tentando me calar, e eu não vou ficar calada nesse assunto, assim como as mulheres que se levantaram contra o presidente ontem."
A resposta à senadora motivou outros democratas a pedirem a renúncia. "Ele é um mentiroso. Ele admitiu ser um abusador sexual confesso e a única coisa que vai pará-lo é a renúncia", disse a senadora Mazie Hirono.
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, negou a conotação sexista na mensagem e disse que Trump se referia à corrupção no sistema político americano. "Só se sua mente for muito poluída para ler dessa forma."
Acusações
Uma repórter, uma ex-participante do reality show "O Aprendiz", duas candidatas a miss e uma atriz pornô afirmam ter sido abusadas sexualmente entre 1997 e 2007. Outras oito mulheres também afirmam ser vítimas do presidente.
As denúncias reapareceram diante da sequência de casos envolvendo personalidades e políticos americanos, iniciada com o produtor de cinema Harvey Weinstein. Algumas delas haviam sido reveladas na campanha presidencial.
Além de ser ele próprio alvo de acusações, o republicano defendeu Roy Moore, candidato conservador ao Senado pelo Alabama denunciado por três mulheres por abuso sexual nas décadas de 1970 e 1980.
Trump nega conhecer as mulheres e atribuiu, nesta terça-feira, a volta das denúncias, que qualifica como inventadas, à suposta incapacidade de seus adversários de provarem o elo de sua equipe com a interferência russa na eleição.
"Apesar das milhares de horas desperdiçadas e muitos milhões de dólares gastos, os democratas foram incapazes de mostrar qualquer ligação nossa com a Rússia —então agora eles estão levantando essas acusações falsas e essas histórias inventadas de mulheres que eu não conheço e/ou nunca encontrei. NOTÍCIA FALSA!", tuitou Trump.
Despite thousands of hours wasted and many millions of dollars spent, the Democrats have been unable to show any collusion with Russia - so now they are moving on to the false accusations and fabricated stories of women who I donât know and/or have never met. FAKE NEWS!
â Donald J. Trump (@realDonaldTrump) December 12, 2017
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