O presidente dos EUA, Donald Trump, disparou uma série de tuítes nesta terça-feira (31) em que tratou publicamente pela primeira vez do caso de seu ex-assessor de campanha George Papadopoulos, que na segunda (30) se declarou culpado de ter dado falso testemunhos a agentes do FBI sobre seus contatos com a Rússia durante as eleições presidenciais do ano passado.
"Poucas pessoas conheciam o voluntário jovem e de baixo escalão chamado George, que já provou ser um mentiroso", afirmou Trump no Twitter, acrescentando: "Chequem os DEMOCRATAS!".
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Papadopoulos mentiu em um interrogatório em janeiro sobre seus contatos com um professor russo que teria "ligações importantes" com funcionários do governo de Vladimir Putin. Ele havia dito ao FBI que a conversa ocorrera antes da campanha. No entanto, o encontro ocorreu dias após ele se unir à equipe em buscar de "sujeira" envolvendo a candidata democrata, Hillary Clinton.
Segundo os papéis do indiciamento, Papadopoulos foi procurado pelo russo "por seu cargo na campanha".
Em entrevista ao "Washington Post" em março de 2016, Trump se referiu a Papadopoulos como um "cara excelente".
Também na segunda-feira foram indiciados o ex-diretor da campanha de Trump, Paul Manafort, e Rick Gates, que também integrou a equipe. Os dois enfrentam 12 acusações relacionadas a serviços prestados nos últimos dez anos ao ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich, líder pró-Rússia deposto em 2014, e a seu partido.
Manafort e Gates foram indiciados por lavagem de dinheiro, fraude tributária e conspiração contra os EUA, o que pode levar a 12 e 15 anos de prisão, respectivamente.
"As Notícias Falsas estão fazendo hora extra. Como o advogado de Paul Manaforts [sic] disse, 'não houve conluio' e os eventos mencionados aconteceram bem antes de ele entrar na campanha", afirmou ainda Trump no Twitter.