O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou à China nesta quarta-feira (8) após visitar a Coreia do Sul. Além de conversas sobre as relações comerciais entre Washington e Pequim, em sua primeira visita oficial à Ásia, Trump está em busca de apoio sobre o impasse com a Coreia do Norte. A China é responsável por 90% do comércio com Pyongyang. A visita oficial está prevista para durar menos de 48 horas.
Leia também: Trump diz ver "progresso" em impasse com Coreia do Norte
Mesmo com críticas de Washington a práticas comerciais de Pequim, empresas chinesas e americanas assinaram, nesta quarta-feira, 19 acordos comerciais. Os tratados são avaliados em US$ 9 bilhões. Durante a cerimônia com a participação do secretário do Comércio americano, Wilbur Ross, no entanto, nenhum detalhe sobre os acordos foi divulgado.
Na semana passada, Trump disse que o deficit comercial dos EUA com a China, de US$ 347 bilhões no ano passado, era "tão ruim que é constrangedor". "Não quero envergonhar ninguém quatro dias antes de chegar à China, mas é horrível", disse o presidente.
No Congresso do Partido Comunista, Xi prometeu maior abertura da economia, mas revelou planos de ter estatais fortes em áreas como finanças, energia e telecomunicações. O governo também tem planos de liderar o desenvolvimento de carros elétricos e outras tecnologias, o que preocupa empresas estrangeiras.
Tensão
Em seu último discurso, na Assembleia Nacional da Coreia do Sul, Trump pediu para que o regime de Kim Jong Un não desafie o seu país com ameaças nucleares. "Os EUA não procuram confronto, mas não fugimos dele", disse o republicano.
Trump falou dos porta-aviões e submarinos nucleares que os Estados Unidos enviaram para a Península da Coreia e disse que não vai permitir que seus aliados sejam intimidados. "O tempo para desculpas acabou, agora é tempo de força", disse. "Meu governo é diferente dos que os Estados Unidos tiveram no passado", acrescentou. "Quero paz através da força".
Diante de legisladores sul-coreanos, o americano pediu para que todas as nações unissem forças para "isolar o regime brutal da Coreia do Norte e negar qualquer forma de apoio". Ele citou a Rússia e a China e pediu para que esses países também aplicassem sanções contra a nação asiática.
Recepção
Trump e a primeira-dama, Melania Trump, foram recebidos no aeroporto de Pequim por crianças pulando com bandeirinhas dos EUA e da China. Eles tomaram chá com Xi e sua mulher Peng Liyuan e fizeram um tour da Cidade Proibida, o antigo palácio imperial. Antes de jantar, assistiram a uma apresentação de ópera. Trump disse estar se divertindo na China.
O americano mostrou a Xi um vídeo de sua neta, Arabella Kushner, cantando em mandarim e recitando poesia chinesa clássica. Xi disse que a performance da menina merecia nota "A+" e que esperava que a criança pudesse em breve visitar a China, onde já é uma estrela.
Vai piorar antes de melhorar: reforma complica sistema de impostos nos primeiros anos
“Estarrecedor”, afirma ONG anticorrupção sobre Gilmar Mendes em entrega de rodovia
Ação sobre documentos falsos dados a indígenas é engavetada e suspeitos invadem terras
Nova York e outros estados virando território canadense? Propostas de secessão expõem divisão nos EUA