Trump defende resposta do governo à Covid-19 em 1º comício após ser contaminado

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O presidente dos Estados Unidos e candidato a reeleição, Donald Trump, realizou nesta segunda-feira (12) seu primeiro comício eleitoral após ter sido diagnosticado com Covid-19. Na Flórida, diante de uma multidão de apoiadores - quase todos sem máscara -, defendeu a resposta da Casa Branca à pandemia e disse que era preciso sair de casa e votar para evitar "um governo de esquerda", referindo-se ao rival democrata, Joe Biden.

"Quando você é presidente, você não pode se trancar no porão", afirmou Trump, que desdenha o uso de máscaras e é a favor de uma rápida retomada econômica, salientando a diferença de sua postura para Biden, que durante o auge da doença no país cancelou todos os compromissos de campanha e passou a trabalhar de casa.

Sobre sua própria saúde, Trump voltou a dizer que está imune à Covid-19 e que ele poderia dar "um grande beijo" em seus seguidores. No domingo, o médico do presidente, Sean Conley, disse que o republicano testou negativo para o novo coronavírus por "dias consecutivos" e que não há risco de contagiar outras pessoas. Sobre as vacinas contra a Covid-19, ele disse que os EUA estão no caminho de ter 100 milhões de doses de vacinas prontas até o fim do ano. Ainda sobre saúde, ele prometeu aos idosos e à comunidade hispânica que "ninguém vai tocar em seu medicaid", programa de saúde voltado aos americanos idosos e famílias de baixa renda.

A Flórida é um dos estados mais importantes na disputa eleitoral americana. Em 2016, Trump ganhou lá, mas agora as pesquisas eleitorais mostram o presidente com 3 pontos percentuais a menos do que o adversário Biden. Parte do apoio que o presidente tem no estado vem da comunidade latina. Em discurso visando esse eleitorado Trump disse que os democratas querem tornar os EUA "uma Cuba comunista ou Venezuela socialista" e que "Biden era um grande amante de Castro".

O candidato republicano também falou sobre o crescimento do mercado de ações, o estabelecimento da Força Espacial dos EUA e as confirmações bem-sucedidas de dois juízes conservadores para a Suprema Corte, além de uma terceira indicada, a juíza Amy Coney Barrett, que está sendo sabatinada pelo Senado nesta semana.