Apoiadores e críticos de Trump se manifestam em frente ao tribunal em Washington onde o ex-presidente esteve nesta quinta-feira (3)| Foto: EFE/EPA/WILL OLIVER
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O ex-presidente americano Donald Trump (2017-2021) se apresentou nesta quinta-feira (3) a um tribunal federal na capital dos Estados Unidos, Washington, para a leitura das acusações de supostas tentativas para mudar o resultado da eleição de 2020.

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Perante a juíza Moxila Upadhyaya, Trump se declarou inocente das quatro acusações pelas quais foi indiciado: conspiração para fraudar os Estados Unidos; conspiração para obstruir um procedimento oficial; obstrução e tentativa de obstrução de um procedimento oficial; e conspiração contra direitos legais.

Pela primeira dessas quatro acusações, Trump pode ser condenado a no máximo cinco anos de prisão; pela segunda e terceira, a pena máxima é de 20 anos; e para a quarta, dez anos de prisão.

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A investigação do procurador especial Jack Smith apurou supostas ações de Trump para tentar mudar o resultado da eleição de 2020, o que inclui eventuais responsabilidades pelos tumultos de 6 de janeiro de 2021, quando vários apoiadores do então presidente invadiram o Capitólio, sede do Legislativo federal dos Estados Unidos, quando era realizada uma sessão do Congresso para ratificar a vitória de Joe Biden.

Nesta quinta-feira, antes de viajar de Nova Jersey para Washington, Trump fez acusações contra Biden e a juíza do caso em uma postagem na sua rede social, Truth Social.

“Biden e sua família roubam milhões e milhões de dólares, incluindo subornos de outros países, e estou indo para D.C. [Distrito de Colúmbia] para ser preso por protestar contra uma eleição roubada. Local injusto, juíza injusta. Somos uma nação em declínio. MAGA!”, escreveu Trump.

A prisão a que o ex-presidente fez referência foi a custódia provisória a que foi submetido antes da leitura das acusações – ele foi liberado em seguida. Já a expressão MAGA é a sigla em inglês para “Faça a América Grande de Novo”, bordão da sua campanha eleitoral vitoriosa de 2016 e da sua pré-campanha para 2024.

A próxima audiência do caso foi marcada para o dia 28. Esse é o terceiro indiciamento de Trump desde que deixou a presidência. Em junho, ele foi indiciado no caso dos documentos confidenciais que teria levado para Mar-a-Lago, sua residência em Palm Beach (costa leste da Flórida), após deixar a presidência.

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Em abril, ele foi indiciado por um tribunal de Manhattan, por acusações relacionadas a um suposto pagamento feito à atriz pornô Stormy Daniels antes da eleição de 2016, em troca de seu silêncio a respeito de um caso entre ambos ocorrido dez anos antes. (Com Agência EFE)

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]