Ouça este conteúdo
O ex-presidente Donald Trump, candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, criticou, neste domingo (25), o presidente Joe Biden e a vice e candidata democrata, Kamala Harris, pela escala do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hezbollah. A declaração do republicano ocorre após o governo de Israel lançar uma onda de ataques ao Líbano.
“Quem está negociando por nós no Oriente Médio? “Bombas estão caindo por todo lugar! Sleepy Joe está dormindo em uma praia na Califórnia, cruelmente exilado pelos democratas, e a camarada Kamala está fazendo uma excursão de ônibus de campanha com Tampon Tim [Walz], sua péssima escolha de vice-presidente. Não vamos ter a Terceira Guerra Mundial, porque é nessa direção que estamos indo!”, escreveu Trump no “X”.
De acordo autoridades de Israel, a ofensiva ocorreu de maneira preventiva, após a identificação de planos do Hezbollah para realizar “grandes ataques” no centro e no sul do território israelense.
Por outro lado, Biden reforçou o apoio a Israel em meio aos acontecimentos entre os dois países. Em comunicado no sábado (24), a Casa Branca informou que o presidente monitora de perto a situação.
“Ele [Biden] esteve reunido com a equipe de segurança nacional durante toda a noite. Sob direção dele, altos funcionários dos EUA têm se comunicado continuamente com seus colegas israelenses. Continuaremos apoiando o direito de Israel de se defender e continuaremos trabalhando pela estabilidade regional”, informou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Sean Savett, em uma declaração.
Em declaração dada mais cedo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que seguirá “fazendo todo o possível para proteger o país”.
Netanyahu enfatizou que as FDI trabalharam “vigorosamente” para impedir as ameaças, destruindo milhares de foguetes e agindo “com força total tanto na defesa quanto no ataque”. “Continuaremos a seguir uma regra simples: causaremos dano a quem nos causar”, advertiu o primeiro-ministro.
Conflito entre Israel e Hezbollah segue escalando
Ao longo do sábado, membros do Hezbollah lançaram investidas contra diferentes posições no norte de Israel. Um dos alvos destruídos pelo grupo foi o equipamento de vigilância na base próxima ao território israelense.
Os ataques atingiram as regiões da Ramtha e Zebdine, nas disputadas colinas de Kafrchouba e nas quintas de Shebaa, bem como em Bayad, além de Hanita, no norte de Israel.
Foram usados fogos de artilharia, projéteis e “armas apropriadas”. O Hezbollah assumiu a responsabilidade como uma "retaliação pela agressão do inimigo às aldeias do sul".
No mesmo dia, o grupo terrorista anunciou a morte de um dos seus integrantes, Ibrahim Hassan Fadel, de 21 anos, conhecido como “Jihad”. Não foram divulgados detalhes sobre o motivo da morte, o que tem sido comum desde as recentes perdas de seus combatentes.
A preocupação com o nível da violência da guerra aumentou com a morte do líder militar do Hezbollah, no final de julho, após um ataque israelense no Líbano. A ofensiva resultou no assassinato do ex-líder do Hamas no Irã. O Hezbollah e Teerã prometeram retaliação.