Candidato republicano na eleição americana em novembro disse que cabe a cada estado “fazer a coisa certa” sobre o aborto, descartando uma lei nacional sobre o assunto| Foto: EFE/EPA/CRISTOBAL HERRERA-ULASHKEVICH
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O ex-presidente americano Donald Trump (2017-2021), candidato do Partido Republicano na eleição presidencial de novembro nos Estados Unidos, disse que cada estado deve legislar sobre o aborto, deixando implícito que não buscará, caso seja eleito, uma lei nacional sobre o tema.

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Num vídeo divulgado na sua rede social, Truth Social, o republicano alegou que “sempre se deve seguir o seu coração”. “Mas devemos vencer. Temos que vencer”, disse Trump, a respeito de posições pró-vida.

A posição do ex-presidente é igual à da Suprema Corte americana, que em 2022 derrubou a jurisprudência do caso Roe vs. Wade, de 1973, que havia determinado que os estados americanos não poderiam ter leis vetando o aborto antes da chamada viabilidade (quando o feto tem condições de sobreviver fora do útero, por volta de 24 semanas de gestação).

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A decisão do ano retrasado do Supremo americano devolveu aos estados americanos a liberdade de legislar como preferissem sobre o aborto. Dessa forma, muitos estados governados pelos republicanos reativaram ou implementaram leis pró-vida mais rígidas.

“Esta batalha de 50 anos sobre Roe vs Wade tirou o assunto das mãos federais e o trouxe para os corações, mentes e votos das pessoas em cada estado. Foi realmente algo importante. Agora, cabe aos estados fazer a coisa certa”, disse Trump no vídeo.

O republicano se disse favorável a exceções em casos de estupro, incesto e para proteger a vida da mãe e à fertilização in vitro.

Movimentos conservadores e pró-vida esperavam que Trump defendesse a adoção de uma lei nacional severa sobre o aborto, mas isso não ocorreu.

A campanha do presidente Joe Biden, defensor do aborto, divulgou um comunicado criticando Trump e alegando que o republicano deve perder votos por sua postura sobre o procedimento.

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“Ele [Trump] está preocupado que, como ele é o responsável por derrubar Roe vs Wade, os eleitores o responsabilizem em 2024. Bem, tenho novidades para Donald. Eles vão fazer isso”, apontou a nota.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]