| Foto: RHONA WISE/AFP

Corey Lewandowski, o coordenador-chefe de campanha que incentivou seu patrão a adotar o lema “Deixe Trump ser Trump”, está fora da campanha do virtual candidato republicano à Casa Branca.

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Lewandowski era uma figura controversa, que espelhava a belicosidade de Donald Trump.

Anunciada nesta segunda (20), sua dispensa é vista como um aceno a republicanos descontentes com o tom agressivo do magnata.

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Mesmo se firmando como o nome republicano à Casa Branca, Trump ainda encontra resistência interna.

Nos últimos dias, líderes do partido o criticaram abertamente pela retórica antimuçulmana após o ataque em Orlando. Outro ponto de discórdia: o confronto com o juiz Gonzalo Curiel, que seria “mexicano” demais para ser justo numa ação contra sua Universidade Trump (ele é filho de imigrantes e nasceu nos EUA).

Na quarta (15), sugeriu que poderia liderar a candidatura sem ajuda da cúpula partidária, postura que já havia prevalecido durante as prévias para escolher o presidenciável da legenda.

“Vocês conhecem os republicanos, honestamente, pessoal. Nossos líderes têm de endurecer”, disse em comício na quarta (15), em Atlanta.

“Isso [a corrida eleitoral] é muito duro para fazer sozinho, mas sabe o quê? Acho que terei de ser forçado a isso.”

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Unificar o partido

O “divórcio” com Lewandowski chega num momento no qual pesquisas apontam que Hillary Clinton, provável rival democrata, amplia sua margem nas pesquisas.

Sondagem Reuters/Ipsos divulgada na quinta (16) dá à ex-secretária de Estado nove pontos de vantagem (41% contra 32%).

Segundo o “New York Times”, fontes com acesso à campanha de Trump disseram que a saída de Lewandowski já era algo no horizonte desde que ficou claro que Trump seria o presidenciável republicano.

O foco, agora, seria enfim unificar o partido -o que inclui a contratação de novos funcionários para a equipe, a um mês da Convenção Nacional Republicana, que chancelará a candidatura de Trump à Casa Branca.

Pesou contra Lewandowski sua relação hostil com membros da imprensa e da cúpula da legenda.

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Em março, ele foi indiciado por supostamente agredir uma repórter de um site conservador durante evento do agora ex-chefe, no Trump National Golf Club (o caso foi arquivado).