O presidente Donald Trump está preparando uma retirada de milhares de soldados americanos do Afeganistão e Iraque, disseram fontes do governo a veículos de imprensa americanos. De acordo com a Associated Press, o republicano está planejando a retirada de cerca de dois mil militares do Afeganistão – atualmente 4.500 servem no país. E segundo a CNN e a Fox News, o Pentágono emitiu um alerta para os comandantes se prepararem para a retirada de 500 soldados do Iraque, onde hoje servem 3 mil militares americanos.
Na semana passada, Trump despediu o secretário de Defesa Mark Esper e nomeou três pessoas leais a ele para cargos políticos do Pentágono, levando a muita especulação sobre o que teria motivado Trump a fazer as trocas nesse momento. A reação era esperada, já que uma das propostas do governo do republicano era reduzir a presença militar dos Estados Unidos no exterior.
O senador republicano Mitch McConnell, presidente do Senado, afirmou nesta segunda-feira que uma saída prematura das tropas americanas do Afeganistão colocaria em risco o "histórico de sucesso da administração Trump".
"Nos últimos quatro anos, a administração Trump fez um tremendo progresso na criação das condições que garantirão a derrota duradoura dos terroristas", disse o senador, referindo-se ao fim do califado do Estado Islâmico, à morte de terroristas como Abu Bakr al-Baghdadi, Qasem Soleimani, e à normalização das relações entre alguns países árabes e Israel.
Contudo, McConnel acrescentou: "Hoje, nossa limitada presença militar americana no Oriente Médio está apoiando as forças locais e possibilitando esforços multinacionais. Estamos desempenhando um papel limitado, mas importante, na defesa da segurança nacional americana e dos interesses americanos contra terroristas que desejam nada mais do que a mais poderosa força do bem na história mundial simplesmente pegar nossa bola e ir para casa. Eles adorariam isso... Uma rápida retirada das forças americanas do Afeganistão agora prejudicaria nossos aliados e encantaria as pessoas que nos desejam mal. A violência que afeta os afegãos ainda é enorme. O Talibã não cumpre as condições do chamado acordo de paz. As consequências de uma saída prematura dos EUA provavelmente seriam ainda piores do que a retirada do presidente Obama do Iraque em 2011, que alimentou a ascensão do ISIS e uma nova rodada de terrorismo global".
Deixe sua opinião