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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (16) que estuda a possibilidade de conceder perdão presidencial ao prefeito democrata de Nova York, Eric Adams, indiciado por acusações de corrupção.
Segundo informações da agência Associated Press, Trump foi perguntado durante uma entrevista coletiva no seu resort em Mar-a-Lago, na Flórida, se cogitaria perdoar Adams, e respondeu: “Sim, eu consideraria”. Porém, disse não saber detalhes das acusações contra o prefeito democrata.
Adams foi indiciado em setembro por cinco acusações de recebimento de propina, fraude e solicitação de doações ilegais de campanha do exterior. A Justiça Federal dos Estados Unidos marcou para 21 de abril de 2025 o início do julgamento do prefeito.
Durante a campanha presidencial, Trump sugeriu que Adams estaria sendo perseguido devido às suas críticas à imigração ilegal nos Estados Unidos – o prefeito denunciou nos últimos dois anos que Nova York estava sobrecarregada com a chegada de imigrantes.
Em outubro, num evento de caridade católico em Manhattan, Trump se dirigiu a Adams e alegou que, assim como ele, seria perseguido por processos do Departamento de Justiça (DOJ, na sigla em inglês) da gestão do presidente democrata Joe Biden.
“Eu sei como é ser perseguido pelo DOJ por falar contra fronteiras abertas”, disse Trump na ocasião. “Fomos perseguidos, Eric. Eu fui perseguido, e você também, Eric.”
Na semana passada, Adams se encontrou com Tom Homan, que será o chamado “czar da fronteira” (responsável por supervisionar as fronteiras sul e norte dos Estados Unidos e por ações de deportação) na nova gestão Trump.
Após o encontro, Adams afirmou que ele e Homan concordaram em “ir atrás dos imigrantes que cometem crimes” e que a prefeitura de Nova York ajudará o governo federal a deportá-los.