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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou novamente planos para que o governo americano compre a Groenlândia, intenção que já havia manifestado no seu primeiro mandato (2017-2021).
A ilha é parte da Dinamarca, mas foi ocupada temporariamente pelos americanos durante a Segunda Guerra Mundial, depois que o território dinamarquês foi ocupado pelos nazistas. A intenção era evitar que os alemães usassem a Groenlândia para levar a guerra para o outro lado do Atlântico.
Desde o fim do conflito, os Estados Unidos, que mantêm uma base militar na ilha, fazem ofertas para comprá-la. Neste domingo (22), Trump falou novamente sobre o assunto, no anúncio da nomeação do seu embaixador na Dinamarca, Ken Howery.
“Para fins de Segurança Nacional e Liberdade em todo o Mundo, os Estados Unidos da América sentem que a propriedade e o controle da Groenlândia são uma necessidade absoluta”, escreveu Trump nas redes sociais.
O primeiro-ministro da Groenlândia, Múte Bourup Egede, refutou a ideia. “A Groenlândia é nossa. Não estamos à venda e nunca estaremos à venda”, disse em uma declaração, segundo informações da agência Associated Press. “Não devemos perder nossa luta de anos pela liberdade”, acrescentou.
Nos últimos dias, Trump já havia se manifestado, em tom irônico, sobre transformar o Canadá no “51º estado” dos Estados Unidos, mas falou seriamente a respeito da ideia de retomar o controle do Canal do Panamá, o que gerou reação do governo panamenho.