Ouça este conteúdo
Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos e pré-candidato presidencial pelo Partido Republicano, disse nesta quarta-feira (10) que o atual presidente, o democrata Joe Biden, perdeu totalmente o controle da situação com Israel.
"Ele abandonou Israel, ele abandonou totalmente Israel", declarou Trump para a imprensa ao chegar a Atlanta, na Geórgia, onde vai participar de um evento de arrecadação de fundos.
Trump considerou que Biden "não tem ideia de onde ele está ou quem ele apoia", considerou que é uma pessoa "com pouca capacidade intelectual" e argumentou que "qualquer judeu que vote em democrata ou vote em Biden deveria ter sua cabeça examinada".
Mais cedo, na Casa Branca, Biden disse que ainda está negociando um possível cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas.
No dia anterior, em entrevista à emissora Univision, o presidente americano criticou as ações do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Faixa de Gaza em resposta aos ataques terroristas do Hamas ocorridos em 7 de outubro de 2023, que resultaram na morte de mais de mil pessoas em território israelense.
"Acho que o que ele [Netanyahu] está fazendo é errado. Não concordo com sua maneira de fazer as coisas", afirmou Biden.
Biden disse ainda que o que estava pedindo "simplesmente" era um cessar-fogo, que os israelenses permitissem o acesso a alimentos e medicamentos à Gaza pelas próximas seis a oito semanas.
Embora em algumas reportagens tenha sido interpretado que estava pedindo uma cessação unilateral das hostilidades, o governo americano declarou posteriormente que não houve nenhuma mudança em sua política nesse sentido, que sempre foi acompanhada de um pedido de libertação dos reféns.
O presidente americano também declarou que "é ultrajante que quatro ou três veículos tenham sido atingidos por drones e destruídos" em uma estrada por onde passa ajuda humanitária, em referência ao ataque em 1º de abril ao comboio pertencente à ONG World Central Kitchen (WCK), fundada pelo chef espanhol José Andrés, no qual sete agentes humanitários foram mortos, um ataque que Israel classificou como “não intencional”.
Também nesta quarta-feira, falando sobre as ameaças do Irã, Biden disse que o compromisso dos EUA com a segurança de Israel está "blindado".
"Como eu disse ao primeiro-ministro [Benjamin] Netanyahu, nosso compromisso com a segurança de Israel contra as ameaças do Irã e de seus grupos aliados está blindado", comentou Biden em entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida.
"Repito: blindado. Faremos tudo o que pudermos para proteger a segurança de Israel", acrescentou, referindo-se às ameaças feitas pelo Irã depois que Israel bombardeou a Embaixada iraniana em Damasco. (Com Agência EFE)