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O ex-presidente americano Donald Trump (2017-2021) afirmou nesta quinta-feira (8) que seus advogados foram informados pelo governo dos Estados Unidos de que ele foi indiciado no caso dos supostos documentos confidenciais que o político republicano teria levado para sua casa na Flórida após deixar a Casa Branca.
“A administração corrupta de [Joe] Biden informou a meus advogados que fui indiciado, aparentemente pela história fraudulenta das caixas [com documentos confidenciais], embora Joe Biden tenha 1.850 caixas na Universidade de Delaware, outras em Chinatown, D.C., mais caixas ainda na Universidade da Pensilvânia, e documentos espalhados por todo o chão da garagem onde ele estaciona seu Corvette, e que é ‘protegida’ apenas por um portão fino como papel e que fica aberto a maior parte do tempo”, escreveu Trump na sua rede social, Truth Social.
O ex-presidente republicano afirmou ainda que foi intimado para comparecer ao Tribunal Federal de Miami na próxima terça-feira (13) à tarde.
“Nunca pensei que tal coisa pudesse acontecer com um ex-presidente dos Estados Unidos, que recebeu muito mais votos do que qualquer outro presidente em exercício na história do nosso país e atualmente está à frente, de longe, de todos os candidatos, tanto democratas quanto republicanos, nas pesquisas para as eleições presidenciais de 2024. Sou um homem inocente!”, acrescentou.
Nem o Departamento de Justiça, que realiza as investigações, nem os advogados de Trump comentaram as declarações do ex-presidente.
A CNN informou que a equipe jurídica de Trump se reuniu na segunda-feira (5) com autoridades do departamento, incluindo o promotor especial Jack Smith, procedimento que por vezes ocorre quando uma decisão de indiciamento está próxima de ser tomada, mas fontes da emissora americana apontaram que Smith não falou aos advogados se isso estava para acontecer.
Nesta quinta-feira, Biden disse na Casa Branca que “nunca” sugeriu ao Departamento de Justiça “o que ele deveria ou não deveria fazer a respeito de apresentar ou não uma acusação”.
Em maio, um júri em Nova York considerou Trump culpado em um processo civil por abuso sexual e difamação e determinou o pagamento de US$ 5 milhões de indenização à jornalista e escritora E. Jean Carroll.
No começo de abril, o ex-presidente se apresentou a um tribunal em Manhattan para ouvir as 34 acusações pelas quais foi indiciado em relação a um suposto pagamento feito à atriz pornô Stormy Daniels em 2016, às vésperas da eleição presidencial da qual saiu vencedor, em troca do silêncio dela a respeito de um suposto caso que tiveram em 2006.
As 34 acusações seriam por falsificação de registros comerciais da Organização Trump, com o objetivo de ocultar o pagamento. Trump negou responsabilidade nos dois casos e se diz vítima de uma “caça às bruxas”.