O pré-candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos Donald Trump disse neste domingo (8) que os impostos para os ricos deveriam subir, mas que seus planos fiscais provavelmente seriam renegociados com o Congresso caso seja eleito.
“Para os ricos, francamente, acredito que irá aumentar e, você sabe, realmente deve subir”, disse Trump no “Meet the Press”, da “NBC”.
Trump disse que vê seus planos fiscais atuais, de redução de impostos para a classe média e empresas e aumento para os ricos, como uma “base” de negociação que poderia mudar nas discussões com o Congresso.
Entretanto, acrescentou, “quando chega a hora de negociar, estou menos preocupado com os ricos do que com a classe média”.
Durante a entrevista, Trump também disse ser a favor de um aumento no salário mínimo. “Não sei como se vive com US$ 7,25 por hora”, disse ele, mas acrescentou que prefere deixar para os Estados decidirem essa questão.
A fala, porém, conflita com afirmação feita em debate republicano de que o mínimo, há sete anos parado nesse valor, era “alto demais”.
As incoerências no discurso de Trump dificultam antever como ele seria na Presidência dos EUA.
Ele já foi a favor do direito ao aborto, hoje é contra. Disse que as mulheres que fazem abortos devem ser punidas, depois voltou atrás.
A plataforma de Trump disponível em sua página oficial na internet é sucinta e se resume a sete temas. Para efeito de comparação, são 31 os da ex-secretária de Estado Hillary Clinton, sua provável adversária democrata na eleição presidencial de novembro.
Trump mantém na plataforma o jeito superlativo e coloquial dos discursos, como ao defender o direito ao porte de armas apesar do “tremendo” trabalho da polícia.
Em alguns pontos, o Trump da internet é mais moderado que o dos palanques. Por exemplo, não há menção alguma à proposta mais controvertida de seus discursos, a de deportar todos os 11 milhões de imigrantes ilegais.
Por escrito há mais detalhes do que nos discursos sobre outra promessa polêmica, o muro que ele quer erguer na fronteira do México e mandar a conta para os mexicanos.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião