A barreira entre EUA e México é uma das principais proemessas da campanha de Trump| Foto: MARK WILSON/ AFP

O presidente americano Donald Trump disse nesta quinta-feira (18) que não mudou de ideia sobre o muro que ele quer construir na fronteira com o México.  

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A declaração é uma resposta à informação divulgada na quarta (17) pelo jornal "Washington Post" de que o próprio chefe de gabinete de Trump, John kelly, teria dito que o presidente estava "mal informado" quando prometeu criar uma barreira física entre os dois países, mas ele já teria "evoluído" desde a campanha.  

"O muro é o muro, ele nunca mudou ou evoluiu desde o primeiro dia que concebi isso", escreveu Trump em uma rede social.  

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Para Kelly, a proposta de construir um muro de ponta a ponta na fronteira é praticamente impossível.  

Trump, porém, discordou publicamente do general. "Nunca foi a intenção construir [o muro] em áreas em que há uma proteção natural, como montanhas, campos ou rios e águas de difícil acesso", disse o presidente.  

Ele também voltou a dizer que pretende fazer o país vizinho pagar pela barreira. "O muro será pago direta ou indiretamente, ou por um reembolso a longo prazo, pelo México, que tem um ridículo superávit comercial de US$ 71 bilhões com os EUA", disse ele. "O muro de US$ 20 bilhões é uma 'mixaria' comparado com o que o México ganha dos EUA".  

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Durante o encontro com parlamentares na quarta, Kelly, um dos representantes da ala mais moderada do governo, teria dito a democratas que não acreditava ser possível cobrar do governo mexicano o dinheiro para financiar a construção do muro.  

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A barreira é uma das principais promessas de campanha de Trump, que tinha como um de seus maiores bordões durante a campanha a frase "América em primeiro lugar". Ele defende que o muro vai ajudar a controlar a imigração ilegal, a criminalidade e o tráfico de drogas e armas.  

O debate acontece em um momento que o republicano Trump tenta negociar com os democratas um acordo para garantir US$ 18 bilhões (R$ 57,8 bilhões) no orçamento federal para financiar a construção do muro. Em troca, o presidente estaria disposto a aceitar um plano que garanta a permanência nos Estados Unidos dos "dreamers" (sonhadores), como são chamados os imigrantes que chegaram ao país quando ainda eram crianças.  

A permanência deles nos EUA está sob risco depois que Trump revogou o programa que garantia seu status legal.

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