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Donald Trump, ex-presidente dos EUA
Donald Trump, ex-presidente dos EUA| Foto: Wikimedia Commons

O ex-presidente dos EUA Donald Trump (2017-2021) revelou que sua postura firme em relação ao governador da Flórida, Ron DeSantis, também do Partido Republicano, e concorrente nas próximas eleições primárias, ocorre porque ele não esperou até 2028 para concorrer à Casa Branca.

Durante um discurso em um evento público no estado americano de New Hampshire nesta segunda-feira (21), Trump compartilhou as desavenças que surgiram no ano passado após a reeleição de DeSantis para um segundo mandato como governador da Flórida.

Trump explicou que havia apoiado a campanha de DeSantis em 2018, quando ele concorreu pela primeira vez ao cargo. No entanto, ele expressou sua preocupação de que DeSantis tenha usado sua "vitória avassaladora" na reeleição recente como um "trampolim" para lançar sua própria campanha presidencial, visando a indicação do Partido Republicano para a corrida presidencial dos EUA em 2024.

"É por isso que fui especialmente duro com ele e, felizmente, funcionou, porque ele está ficando para trás", afirmou Trump, referindo-se ao declínio de DeSantis nas pesquisas eleitorais mais recentes.

O ex-presidente prosseguiu afirmando que DeSantis deveria ter "esperado até 2028" para buscar a presidência, acrescentando que não saberia agora se ele teria durado até lá “porque eventualmente as pessoas teriam percebido que você precisa ter um pouco de personalidade se quiser ser um político. Só um pouquinho", provocou.

Nos últimos meses, Trump e sua campanha têm criticado DeSantis, questionando principalmente seu desempenho como governador da Flórida.

Apesar dos contratempos nas pesquisas, o governador republicano mantém a segunda posição na maioria das sondagens para as primárias do Partido Republicano, embora esteja cada vez mais atrás de Trump.

Trump citou várias pesquisas recentes que o colocam à frente de DeSantis e outros candidatos. Uma pesquisa do New York Times/Siena College divulgada no final de julho mostrou Trump com 54%, enquanto DeSantis ficou em segundo lugar com 17%, uma diferença de 37%.

Nas últimas semanas, DeSantis tentou revitalizar sua campanha reorganizando sua equipe e adotando críticas mais diretas ao ex-presidente.

Com baixas taxas de aprovação nas pesquisas nacionais, o governador da Flórida demitiu seu diretor de campanha na última terça-feira (15) na tentativa de ganhar terreno em relação à crescente liderança de Trump.

Quanto às críticas de seu oponente mais forte, DeSantis falou abertamente pela primeira vez sobre as eleições presidenciais de 2020, afirmando: "É claro, Trump perdeu", e afirmando que "o presidente é Joe Biden".

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