O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (3) pelo Twitter que a Rússia removeu "a maioria do seu pessoal da Venezuela".
A declaração de Trump veio após informações contraditórias divulgadas pela imprensa americana e por representantes da empresa estatal russa que presta serviços na Venezuela.
O jornal americano The Wall Street Journal havia informado em artigo no domingo (2) que a Rússia reduziu de mil para algumas dezenas de pessoas o contingente de especialistas da empresa estatal de defesa russa Rostec, que é responsável pelo treinamento de tropas venezuelanas. A redução teria sido causada pela pressão americana sobre o ditador venezuelano Nicolás Maduro, por falta de novos contratos e porque o regime não teria cumprido contratos anteriores. O jornal citou uma fonte anônima russa "próxima ao Ministério da Defesa".
No entanto, a Rostec negou a informação nesta segunda-feira, assegurando que os especialistas militares continuam chegando ao país sul-americano para fazer reparos e manutenção aos equipamentos fornecidos por eles.
Segundo a Sputnik, agência internacional de notícias da Rússia, o embaixador da Rússia em Caracas, Vladimir Zaemsky, também desmentiu a notícia da redução dos conselheiros militares russos no território da Venezuela.
"Trata-se de mais uma 'notícia' que não corresponde absolutamente em nada com a realidade. O trabalho está sendo realizado em conformidade com as obrigações, e não há nenhuma conversa sobre diminuição [de pessoal]", disse Zaemsky à Sputnik.
Já a assessoria de imprensa da Rostec afirmou ao site de notícias russo que o Wall Street Journal exagerou o número de conselheiros militares russos na Venezuela: "Os números, mencionados na notícia do The Wall Street Journal em relação à presença de funcionários da Rostec na Venezuela, foram exagerados em dezenas de vezes. A composição da representação continua inalterável há anos".
A Rostec é uma das maiores fabricantes mundiais de armas, aviões, helicópteros e outros equipamentos militares.
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