O presidente dos EUA Donald Trump afirmou que acredita que a Rússia pode estar envolvida em ataques com armas químicas| Foto: Al Drago/Bloomberg

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda (9) que não vai deixar “atrocidades” como o suposto ataque químico na Síria acontecerem e prometeu uma resposta rápida.

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No episódio, ocorrido no sábado (7) em Duma, na região de Ghouta Oriental subúrbio da capital, Damasco), morreram entre 49 e 60 pessoas, dependendo da fonte de informação - capacetes brancos (espécie de Defesa Civil em zonas não controladas pelo ditador Bashar al-Assad) ou Observatório Sírio para os Direitos Humanos, respectivamente.

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Em reunião de seu gabinete, o republicano disse que decidiria o que fazer “provavelmente até o final do dia [segunda]” e sugeriu que a Rússia “pagaria um preço”.

Perguntado sobre se achava que o presidente russo, Vladimir Putin (que apoia o regime de Assad), tinha responsabilidade pelo ataque, Trump disse que a resposta pode ser afirmativa.

“Ele pode ter, sim. E se tiver, vai ser muito difícil, muito difícil. Todo mundo vai pagar um preço. Ele vai pagar, todo mundo vai”.

“Nada está descartado”, disse o mandatário, sobre uma possível resposta militar.

O secretário de Defesa americano, Jim Mattis, também citou Moscou ao falar sobre o caso. “A primeira coisa que devemos questionar é por que armas químicas ainda estão sendo usadas [na Síria] quando a Rússia deu garantia de que todas elas seriam removidas”, disse, durante visita ao Catar.

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A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Nikki Haley, disse em reunião do Conselho de Segurança da instituição que Washington vai responder ao ataque independentemente de haver uma réplica conjunta dos membros do colegiado.

Ela quer que o grupo vote nesta terça (10) uma resolução para determinar uma nova investigação sobre a responsabilidade pelo uso de armas químicas na Síria.

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Assad e Moscou negam envolvimento na ação de sábado. O Ministério da Defesa russo disse que médicos do país examinaram pacientes no hospital de Duma e não acharam evidências de ataque químico, segundo a agência Interfax.

Já o Departamento de Estado dos EUA disse que os sintomas das vítimas de Duma eram consistentes com os causados por um ataque com substância tóxica que atinge o sistema nervoso. Mas não conseguiu especificar o composto usado.

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A chancelaria americana pediu que o governo sírio e a Rússia permitam a entrada de monitores internacionais nas áreas afetadas.

‘Ações brutais’

Também na segunda, o Reino Unido disse estar trabalhando em uma resposta conjunta com países aliados. Um porta-voz da primeira-ministra Theresa May afirmou que Moscou não deve tentar obstruir a investigação.

Logo depois, a própria May citou a ligação da Rússia com o governo do ditador Bashar al-Assad. “Estamos falando de ações, das brutais ações de Assad e de seu regime, mas também de quem apoia esse governo. E é claro que a Rússia é um desses apoiadores”, disse ela.

O governo russo é acusado por Londres e por Washington de ter bloqueado investigações anteriores sobre o uso de armas químicas na guerra civil síria.

A França disse que trabalharia com os EUA em uma resposta. O presidente Emmanuel Macron falou com Trump por telefone no domingo (8).

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Por fim, o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, disse que as acusações à Rússia eram falsas e que constituíam uma provocação do Ocidente.

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