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Estados Unidos

Trump é indiciado pela terceira vez, agora em processo que pode tirá-lo da eleição

Sede do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, cujas investigações levaram a dois indiciamentos de Trump em menos de dois meses (Foto: EFE/EPA/MICHAEL REYNOLDS)

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O ex-presidente americano Donald Trump (2017-2021) foi indiciado por um júri federal nesta terça-feira (1º) no caso sobre supostas ações para reverter o resultado das eleições presidenciais de 2020, quando foi derrotado por Joe Biden.

A investigação do procurador especial Jack Smith apurou supostas ações de Trump para tentar mudar o resultado da eleição de 2020, o que inclui eventuais responsabilidades pelos tumultos de 6 de janeiro de 2021, quando vários apoiadores do então presidente invadiram o Capitólio, sede do Legislativo federal dos Estados Unidos, quando era realizada uma sessão do Congresso para ratificar a vitória de Biden.

Segundo um documento ao qual a emissora CNN teve acesso, Trump foi indiciado por quatro acusações: conspiração para fraudar os Estados Unidos; conspiração para obstruir um procedimento oficial; obstrução e tentativa de obstrução de um procedimento oficial; e conspiração contra direitos legais.

Se condenado, Trump poderia ficar impedido de concorrer na eleição presidencial de 2024, à qual é pré-candidato pelo Partido Republicano: a Constituição americana determina que “envolvidos em insurreição ou rebelião” não podem ocupar a presidência ou qualquer outro cargo eletivo federal no país.

Uma pesquisa publicada nesta terça-feira pelo jornal The New York Times mostrou o atual presidente americano, o democrata Joe Biden, e Trump empatados para as eleições do ano que vem, com 43% das intenções de voto cada.

Esse é o terceiro indiciamento de Trump desde que deixou a presidência. Em junho, ele foi indiciado, também na esfera federal, no caso dos documentos confidenciais que teria levado para Mar-a-Lago, sua residência em Palm Beach (costa leste da Flórida), após deixar a presidência.

Em abril, ele foi indiciado por um tribunal de Manhattan, por acusações relacionadas a um suposto pagamento feito à atriz pornô Stormy Daniels antes da eleição de 2016, em troca de seu silêncio a respeito de um caso entre ambos ocorrido dez anos antes.

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