O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que recebeu uma "bela carta" do ditador norte-coreano Kim Jong-un, uma nota que, segundo ele, previa o progresso das negociações paralisadas de seu governo para a desnuclearização do regime.
Trump, falando a jornalistas em frente à Casa Branca nesta terça-feira (11), disse que a carta de Kim chegou na segunda-feira.
"Eu não posso mostrar a carta a vocês, obviamente, mas é uma carta muito pessoal, muito calorosa e muito gentil", disse Trump. "A Coreia do Norte tem um tremendo potencial, e ele estará lá. Sob sua liderança... E a pessoa que sente isso mais do que qualquer um é Kim. Ele entende. Ele entende totalmente."
Após a cúpula de Trump com Kim no Vietnã, que terminou em fevereiro sem um acordo, a Coreia do Norte lançou mísseis de curto alcance e interrompeu as negociações com diplomatas americanos. O regime exigiu que os Estados Unidos abandonassem sua recusa em afrouxar as sanções até que a Coreia do Norte se desnuclearize completamente.
Mas Trump mostrou a carta como um sinal de que as negociações estavam no caminho certo. "Eu acho que algo vai acontecer que vai ser muito positivo", disse ele nesta terça-feira.
Pete Buttigieg, um dos possíveis adversários de Trump na campanha presidencial de 2020, teve um momento premonitório na terça-feira, ao dizer para uma multidão uma hora antes da fala de Trump: "Você não vai me ver trocando cartas de amor em papel timbrado da Casa Branca com um ditador brutal que mata seu próprio povo".
Soldados americanos mortos na Guerra da Coreia
Trump também afirmou que os restos mortais de soldados norte-americanos "continuam vindo para cá", mas, na realidade, o Pentágono suspendeu seus esforços para recuperar os corpos dos soldados americanos mortos na Guerra da Coreia (1950 a 1953). Um acordo de cooperação para que a Coreia do Norte transferisse um número não especificado de corpos foi firmado após a primeira cúpula entre Trump e Kim, mas a tarefa também foi suspensa após a segunda cúpula entre os líderes.
Os militares dos EUA disseram que não conseguiram entrar em contato com as autoridades norte-coreanas para discutir questões relacionadas à recuperação dos restos mortais.
"Chegamos ao ponto em que não podemos mais planejar, coordenar e conduzir efetivamente as operações de campo na Coreia do Norte durante este ano fiscal, que termina em 30 de setembro de 2019", disse a agência do Departamento de Defesa encarregada de recuperar os restos mortais.
Trump também foi questionado sobre a notícia de que o meio-irmão assassinado de Kim teria sido um informante da CIA. O presidente afirmou que teria dito a Kim: "Eu não deixaria isso acontecer sob meus auspícios".
Não ficou claro se Trump quis dizer que Kim não teria matado seu meio-irmão durante o seu mandato, ou se Trump não teria permitido que o meio-irmão de Kim se tornasse um ativo da CIA.
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