Apoiadores do presidente Donald Trump zombam de motoristas anti-Trump durante um comício em Beverly Hills, Califórnia, 10 de outubro de 2020| Foto: Kyle Grillot/AFP
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Indo contra a maré, Robert Cahaly, do instituto de pesquisa Trafalgar, está prevendo uma vitória de Donald Trump nas eleições deste ano. Suponha, por um momento, que Cahaly está correto ao dizer que os demais institutos de opinião pública ainda não estão conseguindo alcançar grupos de eleitores de Trump, porque os inimigos mais fervorosos de Trump são o tipo de pessoa que está mais ansiosa para falar sobre política ao telefone por 20 a 30 minutos.

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Suponha que esse fenômeno signifique que a contagem final dos votos será, digamos, quatro pontos percentuais melhor para Trump do que as médias atuais do site RealClearPolitics (RCP).

Com Joe Biden liderando o voto nacional por 8,9 pontos percentuais, ele ainda ganhará o voto popular nacional por uma ampla margem, mas como todos sabemos das experiências de 2016 e 2000, isso não serve para nada segundo a Constituição.

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Em Ohio, a pequena margem atual de Trump na liderança de Biden em meio ponto percentual aumentaria para uma vantagem mais confortável de 4,5 pontos percentuais.

Na Geórgia, onde Biden lidera, segundo a média do RCP, por 1,2 pontos percentuais, isso colocaria Trump no topo. O cenário é o mesmo em Iowa, onde Biden lidera pela mesma margem.

Na Flórida, onde Biden lidera em 1,4 pontos percentuais segundo a média do RCP, Trump apareceria no topo. O mesmo ocorreria na Carolina do Norte, onde Biden está a frente por 2,7 pontos percentuais, no Arizona, onde Biden lidera por 3,1 pontos percentuais, e na Pensilvânia, onde o candidato democrata tem vantagem de 3,8 pontos percentuais.

E se Trump vencer em Ohio, Geórgia, Iowa, Flórida, Carolina do Norte, Arizona e Pensilvânia, incluindo todos os demais estados tradicionalmente republicanos que não parecem competitivos, Trump ganhará a reeleição com pelo menos 278 votos eleitorais.

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Essa mudança de quatro pontos não seria suficiente para balançar Nevada, onde Biden lidera por 5,2 pontos, ou Wisconsin, onde Biden lidera, de acordo com a média do RCP, por 6,2 pontos, ou Minnesota, onde a vantagem do democrata é de 6,6 pontos, ou em Michigan, onde Biden lidera por 6,8 pontos. Mas depois da Pensilvânia, todo o resto dos estados será um extra.

Se o fenômeno que Cahaly descreve colocaria Trump três pontos a mais do que o candidato tem na média das pesquisas compiladas pelo RCP, então a eleição se reduziria a um final bem difícil na Pensilvânia. Como comentei em um artigo recente, a contagem de votos na Pensilvânia provavelmente será extremamente complicada, com muitos eleitores usando votação por correio pela primeira vez.

Os democratas devem esperar que as pesquisas estejam certas, ou que o fenômeno que Cahaly descreve cause uma mudança de menos de quatro pontos percentuais no eleitorado.

Tenha em mente que se os resultados finais da eleição corresponderem às médias atuais do RCP, Biden ganharia a presidência por uma margem considerável, vencendo na Geórgia, Iowa, Flórida, Carolina do Norte, Arizona e Pensilvânia, bem como em Nevada, Wisconsin, Minnesota e Michigan. Mas, como mostra a lista acima, a vantagem de Biden em alguns desses estados deve deixar os democratas preocupados.

*Jim Geraghty é correspondente político sênior da National Review.

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© 2020 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês.