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O ex-presidente e candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (19) que conversou com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky e prometeu que, se vencer as eleições em novembro, haverá uma "negociação" entre Ucrânia e Rússia para o "fim da guerra".
Em sua conta na rede social Truth, Trump descreveu o telefonema como "muito bom" e garantiu que Zelensky o parabenizou por sua recente nomeação como candidato republicano, que condenou a tentativa de assassinato que o republicano sofreu em um comício no último sábado (13) e que destacou o "espírito de união" dos americanos.
"Agradeço ao presidente Zelensky por ter se comunicado (comigo) porque eu, como próximo presidente dos Estados Unidos, trarei paz ao mundo e acabarei com a guerra que custou tantas vidas e devastou inúmeras famílias inocentes", declarou Trump sobre a guerra iniciada quando a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022.
"Os dois lados poderão se unir e negociar um acordo que acabe com a violência e abra um caminho para a prosperidade", prometeu o ex-presidente.
Essa foi a primeira conversa entre os dois líderes políticos desde que Trump deixou a Casa Branca em 2021 e também o primeiro contato depois que o ex-presidente aceitou sua indicação como candidato presidencial na Convenção Nacional Republicana na quinta-feira (18).
Zelensky, por sua vez, disse em sua conta na rede social X que, no telefonema com Trump, observou o apoio "vital" de ambos os partidos e de ambas as câmaras do Congresso dos Estados Unidos, e expressou seu apreço pela ajuda do país em melhorar suas capacidades de "resistir ao terrorismo russo".
"Concordamos com o presidente Trump em discutir em uma reunião pessoal quais passos podem levar a uma paz justa e verdadeiramente duradoura", acrescentou o presidente ucraniano.
A oposição de Trump à ajuda militar à Ucrânia levantou questões sobre o apoio dos EUA a Kiev, caso o ex-presidente vença as eleições.
Em seu discurso na Convenção Nacional Republicana, Trump prometeu acabar com a guerra entre Rússia e Ucrânia, assim como com a que ocorre entre Israel e Hamas, e enfatizou que "nenhuma das duas teria acontecido" se ele fosse presidente.
Em entrevista à "BBC" na quinta-feira, Zelensky comentou que lidar com um governo Trump seria "um trabalho árduo".
Conteúdo editado por: Célio Yano