O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou nesta segunda-feira (10) seu plano de reconstruir a Faixa de Gaza, que passaria a ser administrada pelos americanos, e disse que os palestinos não poderiam retornar ao enclave.
Numa entrevista à Fox News, Trump foi perguntado se essa população poderia retornar a Gaza, e respondeu: “Não, eles não poderiam [voltar]”.
“Porque eles terão moradias muito melhores. Muito melhores — em outras palavras, estou falando sobre construir um lugar permanente para eles”, disse, antes de reafirmar a intenção de conversar com Egito e Jordânia para que acolham os palestinos de Gaza.
“Se eles [palestinos] tiverem que retornar agora, levará anos até que você possa [reconstruir o enclave] — não é habitável. Levará anos até que isso possa acontecer”, justificou. “Estou falando sobre começar a construir [residências para os palestinos] e acho que poderia fazer um acordo com a Jordânia. Acho que poderia fazer um acordo com o Egito. Damos a eles bilhões e bilhões de dólares por ano.”
“Nós construiremos comunidades seguras um pouco longe de onde eles estão, de onde todo esse perigo está e, enquanto isso, eu seria dono do lugar. Pense nisso como um empreendimento imobiliário para o futuro. Seria um lindo pedaço de terra”, acrescentou.
No domingo (9), a bordo do Air Force One, o avião oficial da presidência americana, Trump havia dito que sua “paciência” com o grupo terrorista Hamas estava acabando, depois que três reféns israelenses libertados no sábado (8), após 491 dias de cativeiro, apresentaram péssimas condições físicas.
“Eles pareciam sobreviventes do Holocausto”, disse Trump. “Eles estavam em condições horríveis, estavam extremamente magros… e não sei por quanto tempo mais podemos aguentar isso.”
Nesta segunda-feira, o Hamas disse que não libertará reféns no próximo sábado (15), alegando que Israel teria violado termos do cessar-fogo em vigência desde janeiro.